Essa região é preservada e isolada, cujo acesso somente pode ser realizado por embarcação. Desconhecida por muitos, esta região possui um incrível potencial para turismo náutico .
Comandante Ricardo do veleiro Amar Sem Fim, após levantar âncora.
Veleiro Bepaluhê ancorado no Ariri.
Flotilha levantando âncora e partindo do Ariri.
Flotilha entre os canais, rumo ao Canal do Varadouro.
Vista do canal a partir do veleiro Amar Sem Fim.
Vista da flotilha entre as margens do canal.
Vista da flotilha a partir do veleiro Amar Sem Fim.
Vista da flotilha entre as margens do canal.
Canal do Varadouro
O Canal do Varadouro foi construído pelo homem para ligar a região de Cananéia a Paranaguá. Antes da existência do canal, era necessário atravessar um pequeno trecho de mar aberto, passando pelas Barra do Ararapira e pela Barra do Superagui. Estas barras eram sujeitas a arrebentação com vento fresco, além de serem rasas e possuírem bancos de areia, tornando a navegação perigosa e sujeita a espera por tempo bom.
O Canal do Varadouro mede 6 Km de extensão e possui 50 metros de largura, sendo construído a partir do leito de uma antiga trilha caiçara. Foi inaugurado em 1952. Na época media seis metros de profundidade. Porém, com o passar do tempo, foi assoreando. Hoje, no ponto mais crítico possui cerca de dois metros na maré alta.
Vista da flotilha no Canal do Varadouro.
Canal do Varadouro.
O ponto mais crítico da navegação no Canal do Varadouro possui cerca de 500 metros, onde existe um pequeno rio que joga sedimentos no leito do canal. Contribui também para o assoreamento os sedimentos oriundos da erosão das margens do canal.
Neste ponto, após a passagem do Amar Sem Fim, o guia, Jânio, desceu do bote e orientou a passagem do restante das embarcações.
Ao fundo, a flotilha passando pelo ponto crítico, sendo guiada pelo Jânio no bote.
Jânio retornando ao veleiro Amar Sem Fim após a passagem pelo ponto crítico.
Veleiro Amar Sem Fim navegando pelo Canal do Varadouro.
Guia Jânio, a bordo do veleiro Amar Sem Fim navegando no Canal do Varadouro.
Baia dos Pinheiros
O Canal do Varadouro termina na Baia dos Pinheiros. Porém, o problema de calado continua. A Baia dos Pinheiros possui imensos bancos de areia e o canal não é sinalizado. No passado, existiam boias de sinalização que, sem manutenção, foram sumindo uma a uma. É um grande perigo à navegação.
Amar Sem Fim na Baía dos Pinheiros.
Flotilha na Baia dos Pinheiros.
João, Maria e Jânio, a bordo do Veleiro Amar Sem Fim.
Flotilha navegando na Baia dos Pinheiros.
Eram por volta das seis horas da tarde, estávamos atrasados, nossa média de velocidade pelo canal do varadouro foi abaixo dos três nós, mas não era possível aumentar muito a velocidade, devido aos cuidados à navegação.
Flotilha navegando pela na Baia dos Pilheiros.
Auxílio à navegação por instrumentos: sonar, ploter GPS e Radar.
Flotilha navegando pela na Baia dos Pilheiros.
Encalhe dos veleiros Amar Sem Fim e Deslize
Durante a navegação pela Baia dos Pinheiros, já no final da tarde, o veleiro Amar Sem Fim, navegando pela margem de boreste, encalhou. Apesar de estar com o guia a bordo, não foi possível evitar o encalhe. Também, não foi possível avisar a tempo o veleiro Deslize, que vinha logo atrás, que também encalhou.
A estratégia de desencalhe do Amar Sem Fim foi jogar a âncora com o bote no centro do canal, na diagonal, e puxar com guincho e com motor, simultaneamente, a fim de virar o veleiro em direção ao meio do canal, que era mais fundo.
Vídeo do momento do encalhe dos veleiros.
Boia apagada
Já era por volta das sete e meia da noite. Contornávamos a Ilha das Peças com destino à boca do Rio das Peças, onde iriamos ancorar.
Lá estavam os veleiros Minerim, Mohabon e Fragata la Argentina que, pelo seu calado, não puderam ir pelos canais, foram pelo mar aberto.
Lá estavam os veleiros Minerim, Mohabon e Fragata la Argentina que, pelo seu calado, não puderam ir pelos canais, foram pelo mar aberto.
Porém, devido a uma das boias de sinalização na chegada à Baia das Laranjeiras estar apagada, não foi possível continuar. Já estava muito escuro e, por segurança, resolvemos ancorar no caminho.
Potencial turístico e os perigos da navegação
Para os veleiros de pouco calado é possível navegar pelos canais, apesar da baixa profundidade e da grande quantidade de bancos de areia. Porém, a ausência de sinalização torna a navegação perigosa, não somente aos veleiros, mas para qualquer embarcação, sendo um grave problema, já que, nessa região, a navegação é o única alternativa de locomoção.
A região possui um imenso potencial turístico, mas depende de condições mínimas para seu desenvolvimento sustentável.
A região possui um imenso potencial turístico, mas depende de condições mínimas para seu desenvolvimento sustentável.
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