Cheguei a Cananéia no sábado a noite, com a expectativa de conseguir algum veleiro que pudesse entrar como tripulante. Estava chovendo. Cheguei na hora da reunião da reunião com o guia, Jânio, no Centro Náutico de Cananéia. Ficou combinado que iriam sair as dez horas da manhã.
Felei com o comodoro do CCS, Philippe, para verificar se algum veleiro precisava de tripulante. Naquela noite, iria pernoitar em algum hotel da cidade. Porém, a cidade estava cheia. Agradeço a Marcos do Centro Náutico de Cananéia que me ajudou a encontrar um hotel com vaga.
Reunião com o guia Jânio no Centro Náutico de Cananéia, antes da partida rumo à Marujá.
No dia seguinte, recebi um telefonema do Philippe informando que havia vaga no veleiro Amar Sem Fim (http://amarsemfim.wordpress.com/), do comandante Ricardo e sua família: Helena, João e Maria. O veleiro Amar Sem Fim é o antigo "Mar Sem Fim", que serviu de base para a realização de documentário sobre a costa brasileira (http://marsemfim.com.br/category/expedicoes/costa-brasileira/).
Antes de ir ao Centro Náutico, aproveitei para fazer compras para a viagem.
Antes de ir ao Centro Náutico, aproveitei para fazer compras para a viagem.
O Centro Náutico é um importante ponto de apoio na região para abastecimento de combustível e água. Enchemos todos os tanques de água, ao todo 1.200 litros.
Na noite anterior, de madrugada, um vento forte fez garrar alguns veleiros, dentre eles o Minerin, que teve sua corrente enroscada no eixo do Bepaluhê, o que fez atrasar a saída. Ricardo (Amar Sem Fim) e Paulo (Bepaluhê) mergulharam e fizeram algumas tentativas de desenrolar. A situação era complicada, com duas alternativas: serrar a corrente ou dar motor a ré para desenrolar. Escolheram a segunda e, felizmente, resolveu: estava desenrolada. Por esse motivo, a saída ocorreu somente ao meio dia.
Centro Náutico de Cananéia.
A sequencia de veleiros seria por ordem do calado. Assim, Amar Sem Fim, de maior calado seria o primeiro, o veleiro Deslize, o segundo, e assim por diante. O guia iria no Amar Sem Fim, conduzindo a flotilha entre os bancos de areia do canal.
Logo na saída, a correnteza estava forte, enchendo. No momento da passagem pelo canal da barra, soprou um vento forte de noroeste que fez os veleiros inclinarem: correnteza para um lado e vento para o outro, mesmo sem vela levantada.
Logo na saída, a correnteza estava forte, enchendo. No momento da passagem pelo canal da barra, soprou um vento forte de noroeste que fez os veleiros inclinarem: correnteza para um lado e vento para o outro, mesmo sem vela levantada.
Guia Jânio, a bordo do Amar Sem Fim, na saída de Cananéia.
Vista da barra de Cananéia a bordo do veleiro Amar Sem Fim.
Veleiros iniciando a formação em linha da flotilha.
Marcos, do Centro Náutico de Cananéia, na despedida.
Formação da flotilha, veleiros inclinados com correnteza e vento em direções opostas.
Logo na entrada do canal rumo a Marujá, o Paulo Ribeiro, comandante do veleiro Bepaluhê, comentou sobre as lembranças de sua infância na região, local onde aprendeu a velejar. Desde lá, tinha o desejo de velejar novamente por este local. Veja seu relato no blog "Veleiro Bepaluhê".
Este trecho do canal não é muito raso. Mesmo assim, é importante tomar cuidado com os bancos de areia. Nossa passagem foi planejada para ocorrem com maré cheia e enchendo. Em uma das curvas do canal, o veleiro Bepaluhê encalhou. Ele havia esquecido de erguer sua quilha pivotante. Porém, com o encalhe, os outros veleiros pensaram que era um banco de areia e tentaram fazer a curva mais aberta, o que seria o comum. Porém, essa curva, deve ser realizada mais pela parte central do canal. Resultado, outros veleiros também encalharam. Porém, rapidamente conseguiram sair dessa situação.
Logo na entrada do canal rumo a Marujá, o Paulo Ribeiro, comandante do veleiro Bepaluhê, comentou sobre as lembranças de sua infância na região, local onde aprendeu a velejar. Desde lá, tinha o desejo de velejar novamente por este local. Veja seu relato no blog "Veleiro Bepaluhê".
Este trecho do canal não é muito raso. Mesmo assim, é importante tomar cuidado com os bancos de areia. Nossa passagem foi planejada para ocorrem com maré cheia e enchendo. Em uma das curvas do canal, o veleiro Bepaluhê encalhou. Ele havia esquecido de erguer sua quilha pivotante. Porém, com o encalhe, os outros veleiros pensaram que era um banco de areia e tentaram fazer a curva mais aberta, o que seria o comum. Porém, essa curva, deve ser realizada mais pela parte central do canal. Resultado, outros veleiros também encalharam. Porém, rapidamente conseguiram sair dessa situação.
Flotilha, no canal, rumo a Marujá, no momento de encalhe do Bepaluhê e outros (ao fundo)
Flotilha, no canal, rumo a Marujá.
Flotilha, no canal, rumo a Marujá.
Flotilha, no canal, rumo a Marujá.
Chegamos por volta das quatro horas da tarde. Minutos após lançar âncora, vimos em direção sudoeste do canal nuvens carregadas e chuva, que se aproximava. Logo depois soprou um vento com rajadas de 30 nós por aproximadamente vinte minutos que fez surgir ondas no canal. O problema era que vento e correnteza vinham de direções opostas, o que fazia com que cada veleiro tivesse um comportamento diferente, geralmente um movimento pendular.
Flotilha ancorada em Marujá, no momento do ventão de 30 nós.
Após a ventania do pirajá, a calmaria. Arrumamos as coisas no veleiro antes de ir à terra conhecer o vilarejo.
Veleiros ancorados no canal, em Marujá.
Foram vinte milhas percorridas em quatro horas e meia. O track da rota percorrida pelo veleiro Amar Sem Fim de Cananéia a Marujá, no formato KMZ, que pode ser visualizado no Google Earth, está disponível aqui.
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