domingo, 27 de abril de 2014

Tentativa de navegação de Cananéia a Santos

Foi em um final de semana de março de 2014. Tinha convocado alguns colegas para me acompanhar na travessia de Cananéia a Santos. Eram 5 tripulantes: ao todo: eu, Alexandre Garcia, Renato Rojo, Marcos e Leonardo.

Cheguei em Cananéia na sexta feira a noite. No sábado de manhã, arrumei o veleiro e comprei bebidas e alimentos para a viagem. O restante da tripulação chegou  por volta das duas da tarde. Almoçamos em um restaurante na orla do canal e fomos para o barco. Abastecemos o tanque de diesel e, também, os galões de gasolina para o motor de popa, que era o motor de contingência ao motor diesel de centro (principal).

Saímos por volta das quatro horas da tarde rumo a Santos. A previsão de chegada à Santos seria 24 a 30 horas depois. O vento soprava fraco de nordeste, predominante na região. Levantamos a mestra e genoa, mas no momento de transpor a barra enrolamos a genoa.

A passagem pela Barra de Cananéia deve ser realizada com ondulação não muito alta. Ela avança pelo mar na forma de um canal com bancos de areia de cada lado. Na boca da barra, o canal se estreita e fica raso. Este é o ponto crítico pois pode haver arrebentação. A previsão de ondulação para a Barra de Cananéia era boa, com ondas de 1,3 a 1.5 metros.

Barra de Cananéia.

Víamos algumas ondas arrebentando a crista, mas nada que impedia sua transposição. Atravessamos o ponto crítico sem problemas, transpondo algumas marolas empinadas. Veja a seguir o vídeo com a navegação do Jazz 4 pela Barra de Cananéia.

Vídeo do veleiro Jazz 4 saindo pela Barra de Cananéia.

Após transpor a Barra, seguimos na direção nordeste com as velas içadas junto com o motor. Íamos em uma orça bem apertada.

Pouco depois de passar pela barra, verificamos que uma das mangueiras do sistema de arrefecimento do motor estava parcialmente rasgada no local da abraçadeira. O mesmo havia ocorrido no mês anterior (rasgo junto à abraçadeira) que exigiu o corte com encurtamento de 2 cm da mangueira. . Esta mangueira une o motor à mufla, tendo suas extremidades diâmetros diferentes. Considero este um problema de engenharia, as mangueiras deveriam ter o mesmo diâmetro em todo seu curso: se os diâmetros são diferentes, que se altere o diâmetro do bocal metálico de fixação.

Continuamos com as velas içadas e ligamos o motor de popa. Ele acrescentava cerca de 1 nó na velocidade final.

O novo rasgo na mangueira não permitia a redução do comprimento, pois não haveria área suficiente para a fixação da mangueira. O encurtamento da mangueira devido ao rasgo anterior resultou em uma área menor para sua fixação ao bocal do motor devido ao ponto de redução do diâmetro da mangueira. Eu e marcos ficamos nas tentativas de arrumar o problema, mas a ondulação e a posição de trabalho incomodava, causando desconforto com leve enjoo. Todas as nossas tentativas funcionavam temporariamente, soltando devido à pouca área de contato da abraçadeira. Depois de algumas horas em tentativas, ficamos no convés para descansar e recuperar.

Em certo momento, Alexandre Garcia, de repente, passou mal e vomitou para fora do barco. Eu e Marcos não aguentamos e também vomitamos naquele momento.

Realizamos alguns bordos. A previsão era de vento contra e fraco, situação não muito boa para o avanço, principalmente nestas condições do motor.

Depois de aventar algumas alternativas, chegamos à conclusão que nenhuma delas funcionaria. O vento não mostrava sinal de mudar de direção. Neste cenário, por volta das nove horas da noite, no papel de comandante da embarcação, resolvi abortar a travessia e retornar para Cananéia.

O retorno foi realizado com vento de popa, muito mais confortável e veloz que na situação de vento contra. Veja a seguir o registro do track da navegação.

Track de navegação - saída de Cananéia e retorno.

(* Não utilizar para navegação.Use somente para visualização do percurso. ** O sistema GPS possui erros de dezenas de metros)

Chegamos em Cananéia pouco depois de 1 hora da manhã. Arrumamos todo o barco e formos dormir. Todos estavam abatidos pois esperavam chegar em Santos navegando. Mas a decisão tomada foi a acertada para a situação. 

domingo, 20 de abril de 2014

Navegação de Paranguá à Cananéia

Eu e meu filho Kenzo pegamos o ônibus da madrugada de São Paulo em direção à Paranaguá. Chegamos na sexta feira (28/02/2014) bem cedo e fomos direto ao Iate Clube de Paranaguá onde Ângelo, marinheiro que tomava conta do veleiro, nos aguardava. 

Logo depois chegou o mecânico que iria trocar uma peça de alumínio do sistema de arrefecimento do motor que estava totalmente corroída. Enquanto isso fomos tomar banho, almoçar e fazer supermercado.

Planejamento

A navegação de Paranaguá a Cananéia seria realizada pelos canais interiores. Havia maré de lua que permitia ultrapassar os trechos mais rasos. A navegação nesta região exige a observação da maré para usá-la a favor.

Nosso primeiro trecho seria de Paranaguá à Vila das Peças, cerca de 12 Mn, onde dormiríamos para encarar, no dia seguinte, cerca de 48 Mn até Cananéia pelos canais interiores. A previsão de maré para o Porto de Paranaguá, Canal Sueste e Cananéia era:

Previsão da maré - Porto de Paranaguá - Marinha do Brasil.

Previsão da maré - Porto de Paranaguá - Marinha do Brasil.


Previsão da maré - Cananéia - www.tabuademares.com.

Com este cenário de maré, a melhor alternativa seria sair de Paranaguá no final da tarde, aproveitando a forte maré vazante. No dia seguinte, a passagem pelo ponto crítico do Canal do Varadouro deveria ser realizada por volta das quatro horas da tarde.

Saída
Chegada
Distância
Horário
Maré
ICP
Peças
12,0 Mn
15h – 18h
vazante
Peças
Vila Fátima
15,5 Mn
6h – 9h
final vazante; estofo
Vila Fátima
Ponto Crítico
10,0 Mn
11h – 14h
estofo; início cheia
Ponto Crítico
Ariri
2,5 Mn
15h – 16h
cheia
Ariri
Marujá
3,4 Mn
16h – 17h
vazante
Marujá
Cananéia
16,0 Mn
17h – 21h
vazante


Primeiro trecho - de Paranaguá à Vila das Peças

Saímos às quatro da tarde, depois de tudo pronto e organizado, e início da maré vazante. Todo o trecho seria em maré vazante exceto nas proximidades da chegada, onde teríamos que atravessar o canal com uma forte correnteza vazante. Por este motivo, planejei um percurso de forma a atravessar o canal na diagonal, tendo antes de percorrer parte do canal em maré contra, porém pela parte mais rasa onde a correnteza é menor.


A navegação foi como o planejado. Ancoramos na Vila das Peças ainda com a luz do dia. Fomos dormir cedo para encarar o dia seguinte.


Segundo trecho - da Vila das Peças à Cananéia

Acordamos às 7h00 e já saímos. O tempo estava parcialmente nublado. O café da manhã foi durante a navegação.
Vila das Peças de manhã cedo.
 Volnys na Vila das Peças.
 Partida da Vila das Peças.

O primeiro trecho crítico era o canal entre a Baía das Laranjeiras e a Baía dos Pinheiros. O trecho é muito raso e a maré estava baixa. 

Trecho crítico de calado do canal entre a Baía das Laranjeiras e a Baía dos Pinheiros.

Estávamos seguindo o track da navegação da vinda. Nesse trecho crítico havia duas varas que parecia indicar a localização do canal. Porém, o track passava por fora. Decidi optar pela marcação das varas. Má opção, encalhei forte e não conseguia desencalhar. Não podia perder tempo pois não chegaria a tempo da maré alta no ponto crítico do Canal do Varadouro. Algumas canoas passaram por nós, imagino que pensavam ".. o que este maluco está fazendo por aqui!".

Tivemos que usar o plano B: adernar levemente o veleiro. Para isso, abrimos a retranca e Kenzo se pendurou na ponta da retranca. Com a leve adernada, o veleiro rodopiou fazendo um pivô na quilha, permitindo o retorno pelo sentido de entrada.

 Kenzo fazendo peso na retranca para adernar o veleiro.
Vilarejo do Guapicu.

Passamos pelo vilarejo do Guapicu e seguimos com cuidado pelo canal, procurando seguir a risca o track. Diminuímos a velocidade, pois estava muito raso.

Havia pouco movimento de embarcações. Antes de passar pelo vilarejo de Tibicanga, passou uma flotilha com duas lanchas e dois jetskis. As vi, em seguida, ancoradas no meio da Baía dos Pinheiros. 

Lanchas ancoradas no meio da Baía dos Pinheiros.
 Baía dos Pinheiros.
Vídeo do Jazz 4 na Baía dos Pinheiros.

Passamos pelas lanchas ancoradas, cruzamos a Baía dos Pinheiros e iniciamos o contorno da Ilha do Superaguí em direção ao Canal do Varadouro. Ao deixar por boreste uma coroa de pedras e um banco de areia novamente encalhamos. O canal submerso neste ponto é muito estreito. Por sorte estávamos devagar e bastou uma ré para o desencalhe.

Ponto de encalhe na saída da Baía dos Pinheiros.

Fazia calor e as nuvens diminuiam. A flotilha de lanchas passou novamente por nós. Acho que estavam indo para Marujá, que fica bem cheio no Carnaval.

Não podíamos parar a navegação. As refeições eram feitas com o veleiro em movimento. Tínhamos que aproveitar a janela de maré cheia no ponto crítico do Canal do Varadouro. 

Passamos sem problemas pelo ponto crítico. Estávamos agora aproveitando a maré vazante até o Ariri. Cheguei a pensar em parar para saborear algumas ostras, porém estávamos atrasados e queria aproveitar ao máximo a luz do dia. A navegação no escuro pelos canais é muito perigosa. Para variar, após o Ariri, Kenzo se distraiu no leme e encalhamos novamente. O desencalhe novamente foi fácil.

Canal do Varadouro.

Ao passar por Marujá, aproveitei a navegação tranquila pela profundidade e largura do canal para transferir diesel do galão para o tanque. Afinal, já eram mais de 10 horas de navegação. Contornávamos o canal de contorno da Ilha do Cardoso. No final do trecho, já sem luz do dia, chegamos a navegar a 8 nós de velocidade, 5 do motor e 3 da forte correnteza.

Quando entramos no canal de Cananéia, pegamos esta correnteza contra, navegávamos a 2 nós. Levamos mais de uma hora para percorrer estas últimas 3 milhas. Ancoramos próximo ao Centro Náutico de Cananéia. Foram ao todo 3 horas de navegação até Vila das Peças e mais 14 horas de navegação contínua até Cananéia. Jânio Preto, como combinado, estava a espera para combinar a estadia do Jazz 4 em Cananéia. 

No dia seguinte acordamos bem cedo para pegar o ônibus para São Paulo. Infelizmente, tínhamos outro compromisso agendado. Mas na saída fomos brindados com um lindo nascer do sol.

Jazz 4 ancorado no Canal de Cananéia.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Passeio à Vila das Peças

Era sexta feira, 24 de janeiro. João, Ursula, Mosquito e a pequena Malú vieram de Praia Grande passar o fim de semana no Jazz 4 que estava em Antonina. Chegaram de tarde, via Estrada da Graciosa, uma beleza. Nós chegamos mais tarde, a noite. A programação do fim de semana seria visitar a Ilha do Mel. 

Eles dormiram no barco e saíram cedo. Nós dormimos no hotel e os encontramos em Paranaguá após fazer as compras. De Antonina a Paranaguá são 15 milhas. Como combinado, nos encontramos em Paranaguá por volta das 10h30. Mosquito veio de bote nos pegar enquanto os tanques de água eram abastecidos na Subsede do ICP na Ilha da Cotinga. 

O que não esperávamos era aquele vento de sul/sudeste que aumentava a cada momento. Nessas condições não seria possível a ancoragem próxima à Praia das Encantadas. Precisávamos de um local mais abrigado. Decidimos ir para o outro lado da Ilha do Mel, próximo à fortaleza. E se também estivesse ruim, teríamos a opção de ancorar na Vila das Peças.

Na saída do Canal da Cotinga o vento aumentou ainda mais. A temperatura do motor estava acima da temperatura normal de trabalho. De repente, algo bateu no hélice e fez um grande barulho. A partir deste momento, o avanço do veleiro era mínimo, tinha maré contra e vento contra. Colocamos o motor de popa para ajudar (um Mercury de 8 Hp, que acrescentava de 1 a 2 nós). Não era possível avançar naquelas condições, por isso ancoramos em um local abrigado atrás da Ilha da Cotinga (no lado do canal do porto), aguardando o vento acalmar. Várias outras embarcações fizeram o mesmo.

Aproveitamos a parada para limpar o casco e fazer o almoço. Para nossa surpresa, havia um saco plástico enrolado no hélice, por isso o barco tinha perdido rendimento.

Depois de esperar mais de duas horas, com o vento mais ameno, fomos em direção à fortaleza, no lado nordeste da Ilha do Mel. Porém, o vento sul entrava forte no local e a ondulação incomodava. Resolvemos voltar em direção à Vila das Peças. Por volta das 4 horas da tarde chegamos à Vila das Peças. Pude comprovar que esse é um local bem abrigado do vento sul. 

O percurso de Paranaguá à Vila das Peças, passando pela fortaleza, foi de aproximadamente 15 Mn.

Ancoramos no canal do Rio das Peças e fomos à praia. Nossos convidados não conheciam o local.

Vista da Vila das Peças a partir do Jazz 4.
Regina, Malú, Ursula, João e Mosquito.
Kenzo brincando na areia.
Caminhando na praia.
Canal de ancoragem na Vila das Peças.

(* Não utilizar para navegação.Use somente para visualização do percurso. ** O sistema GPS possui erros de dezenas de metros)

Os meninos aproveitaram para andar com o Stand-Up e com o long board. Nicolas, certo momento, quando estava com a prancha, foi surpreendido com um golfinho passando bem na sua frente.

Nicolas, Mosquito (de pé) e Malú no stand-up

Ficamos até o final da tarde. Estava na hora de retornar. Partimos em direção à Paranaguá em um percurso de aproximadamente 12 Mn. O motor voltou a aquecer acima do normal e por isso, utilizamos junto o motor de popa. Chegando em Paranaguá caiu uma chuva muito forte, uma situação difícil para navegar pois tínhamos que entrar no estreito canal de acesso à Cidade de Paranaguá. Felizmente, tínhamos o apoio de dois GPS Ploters, um fixo Garmin e o Navionix no tablet. Além disso, tínhamos que ficar atentos às embarcações em trânsito.

Ancoramos em frente à Capitania dos Portos de Paranaguá. Regina, Kenzo e Nicolas desembarcaram no Iate Clube de Paranaguá pois iriam retornar com o carro que estava lá estacionado.

(* Não utilizar para navegação.Use somente para visualização do percurso. ** O sistema GPS possui erros de dezenas de metros)

Aguardamos diminuir a chuva para prosseguir. Depois de umas duas horas seguimos novamente em direção à Antonina. Ancoramos por volta das 4 horas da manhã. Apesar da chegada tarde, foi a melhor opção pois tínhamos o domingo para um retorno às nossas casas sem atropelos.

(* Não utilizar para navegação.Use somente para visualização do percurso. ** O sistema GPS possui erros de dezenas de metros)

terça-feira, 1 de abril de 2014

Antonina

01/01/2014 - Saímos de manhã, junto com o veleiro Talhamar, da Ilha do Mel em direção, inicialmente, à Paranaguá para posteriormente seguir à Antonina.

Partindo da Ilha do Mel.
Canal da Cotinga.
Beleza das margens do Canal da Cotinga.
Canal da Cotinga e a cidade de Paranaguá ao fundo.
Subsede do Iate Clube de Paranaguá ao fundo.
Subsede do Iate Clube de Paranaguá na Ilha da Cotinga.
Jazz 4 no pier da subsede do Iate Clube de Paranaguá.
Subsede do Iate Clube de Paranaguá na Ilha da Cotinga.

(* Não utilizar para navegação.Use somente para visualização do percurso. ** O sistema GPS possui erros de dezenas de metros)

Fizemos uma parada técnica na Subsede do Iate Clube de Paranaguá, na Ilha da Cotinga, para abastecer de água, já que o tanque estava quase vazio depois destes seis dias sem reabastecimento. 
Nos despedimos de Carlos (veleiro Talhamar), que seguiu em direção ao canal de acesso à Paranaguá. Seu veleiro fica no Iate Clube de Paranaguá.
Depois de abastecido de água seguimos em direção à Paranaguá.

Vista da cidade de Paranaguá a partir da subsede do ICP.

Partida da subsede do Iate Clube de Paranaguá (ICP).
Partida da subsede do Iate Clube de Paranaguá.
A região possui uma grande quantidade de pássaros.
Porto de Paranaguá.
Bóia sinalizadora do canal do porto.
Baia de Paranaguá.
Baia de Paranaguá.
Vista distante da cidade de Antonina.
Pier da cidade de Antonina.

(* Não utilizar para navegação.Use somente para visualização do percurso. ** O sistema GPS possui erros de dezenas de metros)

Ficamos ancorados em frente ao Centro Náutico de Antonina (CNA), tradicional clube da região. Como era feriado (dia 01/jan) o clube estava fechado, mas encontramos comodoro Hélio Coutinho, que nos recebeu muito bem. Aliás, somos sempre muito bem recebidos no CNA.

Já no final da tarde, depois de uma arrumação básica do veleiro e de um bom banho, fomos à cidade para comprar a passagem de ônibus para o dia seguinte e jantar. Porém, quase todos os restaurantes estavam fechados devido ao feriado. Felizmente, o Restaurante Brisa do Mar estava aberto. 

Pier da cidade de Antonina.
Veleiros ancorados em frente ao Centro Náutico de Antonina.

No dia seguinte, fui acordado com um barulho no casco. Uma canoa com uma vela latina havia batido na lateral do veleiro. Parecia ser uma família de pescadores, pois escutei o mais velho, que suponho que fosse o pai falar algo assim: "voce precisa me avisar quanto tem alguma coisa na frente". Aproveitei e tirei uma foto daquela embarcação.

Canoa com vela latina que bateu no Jazz 4.


Vista da cidade de Antonina ao amanhecer.

A manhã foi de arrumação e limpeza geral. Era hora de deixar o Jazz 4 que nos acompanhou por sete dias neste inesquecível passeio entre Cananéia e Antonina, parando nas localidades de Marujá, Ariri, Bertioga, Guaraqueçaba, Vila das Peças e Ilha do Mel.