sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Jazz 4 na regata Aratu-Maragojipe 2012

A Regata Aratu Maragojipe é a regata de percurso com a maior quantidade de participantes no Brasil.  É realizada desde 1969 em homenagem ao padroeiro da cidade de Maragojipe, São Bartolomeu.
Neste ano foi dia 25 de agosto (sábado) e contou  com 177 veleiros inscritos.

Percurso

O percurso da regata é de aproximadamente 28,5 milhas náuticas. A largada é nas proximidades do Canal do Aratu.  Após a largada é necessário contornar uma boiá do balizamento do canal e rumar em direção à boca do Rio Paraguaçu, cruzando a Baia de Todos os Santos. Sobe-se o Rio Paraguaçu até as proximidades da cidade de Maragojipe.

 Percurso da Regata Aratu Maragojipe.


Tripulação

A tripulação do Jazz 4 na Aratu Maragojipe foi composta por Volnys (comandante), Nicolas, João Borges, Úrsula Borges, Alexandre Garcia e Renato. Todos nós chegamos na sexta feira, um dia antes da largada.

Tripulação do Jazz 4 nos preparativos para a largada.
 Jazz 4 já próximo à área de largada.
Jazz 4 antes da largada.
 
Nenhum dos tripulantes havia participado das edições anteriores. Portanto, não conhecíamos o percurso, o que sempre é uma situação desfavorável.

Preparação

Para a regata tiramos alguns itens do veleiro para aliviar o peso: bote, motor de pota, galões de combustível, etc. Deixamos tudo em cima do bote em uma área do Aratu Iate Clube.

Largada

Devido ao grande número de participantes, os veleiros foram divididos em três largadas:
  • 10h00 - Grupo amarelo - RGS cruzeiro, RGS regata C, RGS mini oceano, veleiros de aço e escunas.
  • 10h30 - Grupo verde - ORC, RGS Regata A e B e classe aberta.
  • 10h45 - Grupo azul - Multicasco.
O Jazz 4 estava na classe RGS Regata B e, portanto, largamos na segunda leva, as 10h30.
 
 Largada da Aratu-Maragojipe (foto do site do evento).
Após a largada, fomos em orça em direção à boiá 2 do Canal de Aratu. Depois foi uma velejada de mais de 3 horas em balão com um través quase orça folgada até a barra do Rio Paraguaçu. O Jazz 4 teve um excelente desempenho com o balão, fazendo mais de 6 nós em média.
No caminho passamos pelo veleiro Tamuatoa do nosso colega Fernando Sheldon do Cruzeiro da Costa Leste.
  Veleiros cruzam a Baia de Todos os Santos (foto do site do evento).
 Impressionante como velejam os saveiros (foto do site do evento).
 Veleiros cruzam a Baia de Todos os Santos (foto do site do evento).
 Veleiros cruzam a Baia de Todos os Santos (foto do site do evento).
 Veleiros cruzam a Baia de Todos os Santos (foto do site do evento).
Passando pelo veleiro Tamuatoa, do nosso amigo Fernando Sheldon, companheiro do Costa Leste.
Passando pelo veleiro Tamuatoa, do nosso amigo Fernando Sheldon, companheiro do Costa Leste. 
 
Na barra do Rio Paraguaçu baixamos o balão e fomos em orça. Quando fomos novamente levantar o balão verificamos que havia descosturado o reforço do punho do balão. A partir daí tivemos que fazer os trechos em popa com as velas em asa de pombo.
Vídeo do Jazz 4 na Regata.

Chegada

Cruzamos a linha de chegada às 15h48, depois de 5 horas e 18 minutos de regata. Fora o problema da descostura do balão, chegamos sem nenhum outro problema.
 
Dos 177 veleiros inscritos, 121 cruzaram a linha de chegada. O Jazz 4 cruzou na 67ª posição no geral. Na nossa classe, RGS regata B chegamos em 7º lugar dentre os 15 veleiros que chegaram. Perdemos por 20 segundos do Phantom of the Opera no tempo corrigido.
Procuramos um local para ancorar. Já estava lotado de barcos, tanto de veleiros quanto de lanchas e escunas que haviam chegado para participar da festa na cidade. O local de ancoragem dos veleiros era longe do pier devido a restrições de calado.
 Situação interna do Jazz 4 após a regata, estava tudo em ordem.
Muitos veleiros ancorados próximo à cidade de Maragojipe.
 Oba! Hora do mergulho!

Premiação e a festa da cidade

Depois de ancorado, após descansar um pouco, caímos na agua para relaxar. Aproveitamos também para tomar banho, afinal iriamos passear na cidade a noite.

No mês de agosto é realizada a Festa de São Bartolomeu de Maragogipe. A Regata Aratu Maragojipe é uma das atrações da festa. Neste dia, a noite, também haveria o show de Jorge Vercilo.

Como estávamos sem bote, precisávamos de apoio para chegar ao pier. A organização disponibilizou  apoio de canoas.

O pier estava lotado de escunas e de pessoas que participavam da festa de São Bartolomeu. O som alto (excessivamente alto) nas escunas era uma característica na região.

Na canoa, a caminho do pier da cidade de Maragojipe.
Pier da cidade de Maragojipe, lotado em comemoração ao padroeiro da cidade.
Na canoa, a caminho do pier da cidade de Maragojipe.
Nicolas e Volnys no Pier de Maragojipe.
 Úrsula, Garcia, Nicolas, Volnys e Renato no pier de Maragojipe.
Saveiro participante da regata atracado junto ao pier.
Saveiro participante da regata atracado junto ao pier.
Vista a partir do pier de Maragojipe dos veleiros ancorados no Rio Paraguaçu.
Entrada do pier de Maragojipe.

No antigo galpão do Mercado Municipal, próximo ao porto da cidade, transformado em um pequeno centro de eventos, a organização forneceu aos participantes da regata um jantar com comidas típicas de região. O Garcia se deliciou com o jantar. Em seguida seria realizada a premiação em uma praça próxima.
A região do porto fica em uma área pobre da cidade. Subindo umas 20 quadras chegamos ao centro da cidade, repleta de barracas de produtos e comidas, onde estava localizado o palco do show. Pena que o Nicolas já estava com sono e tivemos que retornar ao veleiro. O restante da tripulação ficou para ver o show. Soubemos depois que o João e a Úrsula ficaram quase uma hora com o canoeiro para achar o Jazz 4 na escuridão. O canoeiro já estava quase levando eles de volta ao pier.


Dia seguinte

Acordamos e já saímos em direção à Salvador. Notamos que muitos veleiros já tinham partido. Paramos em uma praia na Barra do Rio Paraguaçu para conhecer e almoçar.
Nicolas foi o primeiro a cair na água.
Praia na Barra do Rio Paraguaçu.
Nicolas nada próximo ao Jazz 4.
Partida da Barra do Rio Paraguaçu em direção à Salvador.
 Velejada em orça rumo a Salvador.
Como eu (Volnys), Nicolas, Garcia e Renato retornaríamos de avião a noite, optamos por ir para o Terminal Náutico da Bahia (TENAB) pois ficava mais perto do aeroporto. Chegamos quando já era noite. O João e a Úrsula retornariam no dia seguinte para o Aratu Iate Clube. Eles ficariam no Jazz 4 por mais dois meses, levando até Recife. Nos encontraríamos novamente em Recife, para a Regata Recife Fernando de Noronha (REFENO).

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Resumo do Cruzeiro da Costa Leste 2012

Após o Jazz 4 completar sua participação no Cruzeiro da Costa Leste 2012 (CCL 2012) chegou a hora de fazer um resumo.

O Cruzeiro da Costa Leste de 2012 tinha previsto as seguintes paradas:
  • Rio de Janeiro (RJ) - Iate Clube do Rio de Janeiro
  • Búzios (RJ) - Iate Clube Armação de Búzios
  • Vitória (ES) - Iate Clube do Espirito Santo
  • Abrolhos (BA)
  • Santo André (Cabrália, BA)
  • Ilhéus (BA) - Iate Clube de Ilhéus
  • Camamu (BA)
  • Morro de São Paulo (BA)
  • Terminal Náutico da Bahia (TNAB) - Salvador (BA)
  • Simões Filho (BA) - Aratu Iate Clube
Das paradas previstas, o Jazz 4 não parou em duas: Morro de São Paulo, devido a espera da passagem da frente fria em Ilhéus e Salvador (TNAB), pois tive que retornar três dias antes do término do CCL devido a compromissos profissionais.

Ao todo, foram 33 dias (de 6 de julho a 8 de agosto), 8 paradas e aproximadamente 800 Milhas náuticas navegadas pelo Jazz 4.


Gostaria de agradecer aos participantes do CCL 2012, à Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiros, que proporciona este encontro a cada dois anos, e principalmente aos Iates Clubes, sem o apoio dos quais não seria possível realizar este cruzeiro:
  • Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ);
  • Iate Clube de Armação de Búzios (ICAB);
  • Iate Clube do Espírito Santo (ICES);
  • Ilhéus Iate Clube (IIC);
  • Aratu Iate Clube (AIC).

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Jazz 4 no CCL 2012 - Aratu (BA)

Postagens anteriores do Jazz 4 no Cruzeiro da Costa Leste


Aratu

(32º dia do CCL, 07/08/2012, terça)
Nossa saída, como previsto, foi às cinco da manhã, ainda noite. Saímos com a mestra no terceiro rizo, já que a previsão indicava a possibilidade de vento intenso. Fora da Baía de Camamu a ondulação incomodava muito, estava alta (aproximadamente dois metros) e frequente (cerca de 8 segundos) o que deixava as ondas bem cavadas. A ondulação vinha de aleta. O vento, como previsto, estava entre 15 e 25 nós vindo da mesma direção, o que tornava o vento aparente meio de través. O Jazz 4 adernava MUITO, por isso, resolvemos usar o cinto de segurança. Fomos somente de vela mestra (rizada) e motor, para minimizar as adernadas e atravessadas devido à ondulação. Chovia de manhã. Mantivemos contato visual com parte da flotilha. Por volta do meio dia, já sem chuva, abrimos a genoa e desligamos o motor, que silêncio! Mantínhamos 5 nós de média.
Ondulação cavada e vento forte.
Nicolas no convés com cinto de segurança.
Mesa de navegação com a parefernalha eletrônica.
Além dos itens que já haviam sido deixados no chão para evitar a queda, todo o resto também caiu.

O destino da flotilha do CCL era o Terminal Náutico da Bahia (TNAB), em Salvador, localizado bem em frente ao Elevador Lacerda. Porém, nós não iríamos para lá, mas direto para o Aratu Iate Clube, destino final do CCL. Isso porque, nosso retorno para São Paulo estava previsto para o dia seguinte.
No meio da tarde, verifiquei que precisávamos acelerar para atravessar ainda com luz na Baía de Todos os Santos. Por isso, no meio da tarde liguei novamente o motor. Velejávamos a 6 nós. O veleiro Bearship (do comodoro da flotilha, Eduardo Moura) e o veleiro Ati Ati, que também iriam para o Aratu, estavam a nossa frente. No momento do contorno para a entrada da Baía de Todos os Santos estávamos a 8 nos, impressionante! O vento havia aumentado e estávamos com ondulação a favor.
Já na Baía de Todos os Santos desliguei novamente o motor. O vento havia aumentado mais ainda e já não havia ondulação alta. Velejávamos acima dos 6 nós.

Vista da cidade de salvador a partir da Baia de Todos os Santos.
Vista da cidade de salvador a partir da Baia de Todos os Santos.
 
Chegamos à entrada do canal do Aratu já noite. Recolhi a genoa e liguei novamente o motor. Felizmente o canal é bem sinalizado. Porém, já quase chegando ao Aratu Iate Clube, um susto: uma rede atravessada no canal que nos foi avisada pelos pescadores que estavam ao lado da rede. Por sorte estávamos atentos e a baixa velocidade. Contornamos a rede e logo depois já estávamos no clube. O pessoal de apoio do clube nos sinalizou a poita que já estava reservada e sinalizada, inclusive com o nome do veleiro. Que organização!
Prendemos o Jazz 4 e fomos ao clube. Sorte que o restaurante ainda estava aberto. Jantamos, tomamos banho e dormimos cedo. O dia seguinte seria de arrumação geral e despedida.
Por de sol na Baía de Todos os Santos.
Final de tarde na Baía de Todos os Santos.
Final de tarde na Baía de Todos os Santos.

Fim do CCL e retorno a São Paulo


(33º dia do CCL, 08/08/2012, quarta)
Dia de arrumação e de despedidas. Foram muitos dias velejando e em terra, conhecendo novos lugares, novos amigos cruzeiristas e realizando um sonho: participar do Cruzeiro da Costa Leste.
Gostaria de agradecer a Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiros, que proporciona este encontro a cada dois anos, e aos Iates Clubes, sem o apoio dos quais não seria possível realizar este cruzeiro: 
  •  Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ);
  • Iate Clube de Armação de Búzios;
  •  Iate Clube do Espírito Santo (ICES);
  • Ilhéus Iate Clube;
  • Aratu Iate Clube (AIC).
Aratu Iate Clube.
Secretaria do Aratu Iate Clube.
Nicolas no pier do Aratu Iate Clube.
 Nicolas não resiste a um mergulho na piscina.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Jazz 4 no CCL 2012 - Camamu

Chegada a Camamu

(28º dia do CCL, 03/08/2012, sexta)
Saímos às três horas da manhã de Ilhéus com destino a Camamu. Os veleiros maiores sairiam depois. A previsão era chegar no meio da tarde, na maré cheia. Nicolas acordou para ajudar na saída, depois voltou a dormir. Ele iria fazer o turno lá pelas sete da manhã. O vento era moderado, porém a ondulação estava alta e curta (cerca de 8 segundos), o que incomodava muito. Fomos a vela e motor.
Como estava aguentando sem sono e o Nicolas não havia acordado, resolvi esticar meu turno. Quando ele acordou, lá pelas nove, eu fui dormir um pouco. De repente, Nicolas me acorda perguntando se havia abastecido de diesel com os galões, pois ele notou que o motor começou a falhar. Diante da eminência de pane seca, desliguei imediatamente o motor para evitar a entrada de ar nas mangueiras. Era pouco depois das 9 horas da manhã e estávamos distante 2 Milhas da costa. Arribei um pouco em direção à costa para ir velejando. Depois de abastecido com diesel, o motor não pegou, havia entrado ar nas mangueiras. Já havia passado por situação semelhante e fiz o seguinte procedimento: soltei a mangueira de entrada de diesel, suguei até ser completada com diesel, recoloquei e bombeei um pouco. Depois de repetir o processo algumas vezes, o motor pegou novamente. Pela minha programação eu deveria reabastecer depois de acordar do meu turno. Porém, como retardei os turnos, minha programação falhou.
Velejávamos muito próximos dos outros veleiros. Seguimos a vela e motor. Depois do almoço pegamos um pirajá de 32 nos durante uns 5 minutos. Tivemos que recolher rapidamente a genoa.
Velejávamos bem próximos dos outros veleiros do CCL.
Veleiro Travessia em direção à Camamu.
 
Veleiro Ati Ati em direção à Camamu.

Veleiro Ati Ati: Fernando e Fran.

Veleiros Ati Ati e Travessia em direção à Camamu.

Veleiro atrás da ondulação, que incomodava.

Veleiro Bearship atrás da ondulação.
 
Já próximo à entrada da Baía de Camamu outros veleiros informaram que havia uma Baleia entre nós e o Bearship, que não avistei. Devo ter passado muito próximo a ela.
A navegação na entrada da Baía de Camamu deve ser feita com muito cuidado. Há muitas pedras no caminho, jogadas no passado para evitar a invasão de embarcações inimigas.
Chegamos às duas da tarde em uma área chamada de Campinho. Campinho é um pequeno vilarejo, formado principalmente por residentes locais e algumas poucas casas de veraneio de frente à Baía, com infraestrutura precária. A ancoragem deve ser feita com muito cuidado pois a corrente devido à maré pode chegar a mais de 2 nós. É algo impressionante! A Baía de Camamu é a terceira maior do Brasil, perdendo somente para a Baía de Todos os Santos e para a Baia da Guanabara.
Entrada da Baía de Camamu.

Veleiro Skua II.

Veleiro Skua II.

Veleiro Skua II.

Veleiros Bearship e Devaneio, lado a lado.

Veleiros Bearship e Devaneio, lado a lado.
 
Veleiros ancorados no "Campinho", na Baia de Camamu.

No início da noite recebemos a visita, no barco, do receptivo da comunidade, nos dando boas vindas e nos oferecendo uma bandeja com frutas, algumas produzidas da região: maçã, pera, mexerica, abacate, kiwi e rambutan. Rambutan é natural da Indonésia e seu interior é idêntico ao da lichia. Também nos informaram sobre a programação organizada para o CCL.
Jantamos no barco. Depois Nicolas foi ver filme Carros 2 no DVD. Estávamos cansados e fomos dormir cedo.
Acordei as 3 da madrugada com um barulho. O Jazz 4 havia encostado no Bearship. Percebi que o cabo da nossa âncora estava enroscado na quilha. O barco ficava alinhado perpendicularmente à direção da correnteza do rio, deslocando-se levemente de um lado para o outro, feito um pêndulo. Para desenroscar o cabo da quilha, liguei o motor e fui de um lado para outro em direção à âncora, esperando que o cabo afrouxasse e fosse para o fundo, desenroscando da quilha. Saiu fácil. Preferi sair e fundear em outro local.
Por do sol no "Campinho" na Baía de Camamu.
Bandeja com frutas oferecida pelo receptivo da comunidade.
Fruta rambutan ....
 Fruta rambutan, igual à lichia.

Cachoeira do Tremembé

(29º dia do CCL, 04/08/2012, sábado)
Logo de manhã havia a programação de um passeio para a Cachoeira do Tremembé. Fomos de lancha, pois o local é muito distante e o caminho possui trechos muito rasos e estreitos.
Volnys e Nicolas na lancha para a Cachoeira do Tremembé.
Vamos para a Cachoeira.
 Organizando o pessoal do CCL nas lanchas.
 Vamos para a cachoeira!
No caminho à cachoeira, logo na saída passamos pela Ilha do Goió, outro local de ancoragem de veleiros na Baía de Camamu. No meio do caminho avistamos a pequena cidade de Maraú, onde estava ancorado o veleiro catamarã Guruçá e o Trawler Agenores.
 
Mapa da Baia de Camamu e o canal até a Cachoeira do Tremembé.
Ilha do Goió
Nicolas na proa da lancha.
Canal rumo a cidade de Maraú.
Canal em em direção à Cachoeira do Tremembé.
Canal em em direção à Cachoeira do Tremembé.
Canal em em direção à Cachoeira do Tremembé.
 Cidade de Maraú.
 Veleiro catamarã Guruçá.
 Trawler Agenores.
Pescadores no canal em direção à Cachoeira do Tremembé.
Canal em em direção à Cachoeira do Tremembé.
Canal em em direção à Cachoeira do Tremembé.
Pescadores no canal em direção à Cachoeira do Tremembé.
Canal em em direção à Cachoeira do Tremembé.
Pescadores no canal em direção à Cachoeira do Tremembé.
Cachoeira do Tremembé
 Cachoeira do Tremembé.
Nicolas e Volnys na Cachoeira do Tremembé.
Chegamos na cachoeira do Tremembé na maré baixa, que impediu que as lanchas encostassem no píer de desembarque. O jeito foi pisar na lama do mangue. A cachoeira é muito bonita e de águas não muito frias. Tentei me aproximar da queda, mas a correnteza era forte. Porém, havia um ponto onde a correnteza era menor por onde nos aproximamos.
Vídeo: Passeio pela Baía de Camamu até a Cachoeira do Tremembé.
Depois do banho de cachoeira fomos almoçar no restaurante ao lado da cachoeira. O restaurante era simples. Comemos pitu e palmito de açaí cozido e temperado, plantado no local. Uma delícia!
Voltamos ao barco no final da tarde. Nosso gelo já tinha acabado, restava somente água gelada. Fiz o jantar com parte da carne e o restante levamos para o churrasco que ocorria no Travessia, pois iria estragar. O pessoal estava com pouca energia pois haviam trocado o filtro de diesel e havia entrado ar no circuito de alimentação.

Cajaíba e Nilo Peçanha

(30º dia do CCL, 05/08/2012, domingo)
Acordamos às 7 da manhã para os passeios do dia: Cajaíba, um vilarejo voltado à construção de escunas, restaurante quilombola e Cachoeira do Pancadão, em Nilo Peçanha .
Havia mais um veleiro ancorado nas proximidades, o Sobá, um Peterson 46 que estavam no inicio de uma viagem de dois anos pela costa brasileira, Caribe e Portugal (http://sereia-soba.blogspot.com.br/). O nome vem da Sereia Sobá.
Mas antes, Nicolas nadou com o bodyboard ao lado do Jazz 4. Como a correnteza podia aumentar preferi amarrar um cabo. A correnteza pode ser tão forte a ponto de não vencer com bote a remo.
Nicolas com bodyboard ao lado do Jazz 4.
 Jazz 4 no "Campinho".
Nos pegaram as 8h30 para embarcar na escuna que estava atracada junto ao pier do "Campinho" e aguardamos todos embarcarem.
Vista do Jazz 4 a partir do pier do Campinho.
Veleiro Jazz 4 ancorado no "Campinho"
Saída de escuna em direção à Cajaíba.
Rui (Naumi), Icaro (MM2000) e José Peralta (TriunfoII).
 Nicolas a bordo da escuna.
A primeira parada seria o vilarejo de Cajaíba, distrito de Camamu, voltado à construção de escunas. A maioria das escunas no Brasil é fabricada neste vilarejo.
Veleiros ancorados no Goió.
Pescadores na Baía de Camamu.
Pescadores na Baía de Camamu. 
Vilarejo de Cajaíba de Camamu.
 Escunas em construção em Cajaíba de Camamu.
Logo que chegamos ao vilarejo da Cajaíba, fomos apresentados ao Sr. Joselito Bento dos Santos, de 80 anos, construtor artesanal de escunas. Joselito, que já construiu mais de 150 embarcações,  nos informou que no passado as escunas eram feitas de madeira "Holandi" (ou nome parecido com este), nativa da região, ou de outras madeiras nobres. Hoje, devido à escassez das madeiras nobres, são feitas de Jaqueira. A calafetagem, que no passado era feita com breu, hoje também é feita de forma diferente. Primeiramente, a fibra da casca da biriba é martelada entre o vão das madeiras. Em seguida, é aplicado pó de serra com cola araudite. A construção de uma escuna leva por volta de 8 meses.
 Vilarejo de Cajaíba de Camamu.
 Nicolas em baixo de uma escuna em construção.
 Casca da biriba mostrada por Joselito.
 Volnys e Joselito.
 Nicolas ao lado de uma escuna em construção.
 Nada melhor que um bate papo.
 Vilarejo de Cajaíba de Camamu.
 Vilarejo de Cajaíba de Camamu.
Visitamos ao final do passeio a oficina do Kitó (Brenda Miniaturas), artesão de embarcações em miniatura. Seu trabalho é fantástico.
Miniatura de embarcação fabricada por Kitó
Depois fomos para a cidade da Camamu. A maré estava muito baixa o que dificultou nossa chegada, pois tivemos que tomar um caminho mais longo e, próximo a Camamu, ir mais lento. Em certo momento tivemos (todos que estavam na escuna) nos deslocar para a proa (para levantar a popa, que tem mais calado).
 Vista da Cidade de Camamu ao longe.
Vista da Cidade de Camamu ao longe.
Vista da Cidade de Camamu ao longe.
Fomos de van para a comunidade quilombola Jatimane na cidade de Nilo Peçanha, distante cerca de uma hora de carro. Fomos. Era dia de procissão. Almoçamos no restaurante Pedro Sorriso, da comunidade quilombola. A região produz artesanato com piaçava muito bonito.
Depois do almoço iríamos para a cachoeira da pancada. Porém, o motorista na nossa van não recebeu a informação correta e voltou para Camamu. Ou seja, perdemos o banho da cachoeira. Nicolas ficou decepcionado. Voltamos de escuna, entre os canais e bancos de areia da baia de Camamu no escuro. A reunião dos comandantes ocorreu na própria escuna. Ficou programada nossa saída no dia seguinte, as 17 horas, antes da chegada de uma frente fria, sujeito a confirmação no dia seguinte. Depois de mais de uma hora de escuna, chegamos ao Campinho, local das nossas ancoragens. A noite estava estrelada, sem uma nuvem no céu.
 Restaurante quilombola em Nilo Peçanha.
 Tripulação do Triunfo II no restaurante quilombola em Nilo Peçanha.
 Tripulação do Sobá no restaurante quilombola em Nilo Peçanha.

Itapu de fora

(31º dia do CCL, 06/08/2012, segunda)
Dia seguinte acordamos às 8h30 e, enquanto tomávamos café, fomos convidados a participar de um passeio a Itaipu de Fora, distante cerca de 40 minutos de carro. Voltaríamos as 14h00 com tempo suficiente para preparar nossa partida prevista para as 17h00. Itaipu de Fora é um vilarejo constituído principalmente de pousadas e casas de veraneio, para atendimento principalmente a turistas. A praia é deslumbrante, com formação de recifes a poucos metros da praia. Ficamos no restaurante Buda Beach, onde saboreamos um prato de lagostas.
 Na praia junto ao pier do "Campinho".
 Pier do "Campinho", aguardando a chegada do pessoal para o passeio.
 O veículo que nos levou a Itaipu de Fora.
Restaurante Buda Beach.
Volnys na praia de Itaipu de fora.
Nicolas na praia de Itaipu de fora.
Nicolas na praia de Itaipu de fora.
Nicolas na praia de Itaipu de fora.
Nicolas e Rui (Veleiro Naumi) na praia de Itaipu de fora.
Vista deslumbrante da praia de Itaipu de fora.
Vista deslumbrante da praia de Itaipu de fora.
Nicolas na praia de Itaipu de fora.
Recife de corais na praia de Itaipu de Fora.
Recife de corais na praia de Itaipu de Fora.
Nicolas na praia de Itaipu de Fora.
 Fernando e Fran (Veleiro Ati Ati) no restaurante na praia de Itaipu de Fora.
 Rui (Naumi), Jimy (Naumi), Nicolas e Volnys no Restaurante Buda Beach.
Nicolas encantado com a canoa de lagostas.
Depois do almoço retornamos ao Jazz 4, iniciando os preparativos para nossa partida para Salvador, quando fomos informados que a saída havia sido postergada para as cinco horas da manhã do dia seguinte, pois a frente fria estava com pouca intensidade, com ventos favoráveis de media para alta intensidade. O maior problema seria a ondulação, alta e com período de 8 segundos, ou seja, íngreme. Nesse momento, o Ricardo, do veleiro Sobá, passou de bote e nos convidou para acompanha-los em um passeio à ilha da pedra furada. A Ilha da Pedra Furada ficava próxima dali e iríamos com nossos botes. Infelizmente, a maré estava muito alta, cobrindo a porção de praia existente para desembarque. Optamos por desembarcar na Ilha Grande, próxima dali.
Vista da Ilha Grande.
Tripulação do Sobá e Jazz 4 na Ilha Grande.
 
Depois do passeio, fomos tomar banho em uma casa próxima disponibilizada pela comunidade aos participante do CCL e depois jantamos no barzinho próximo dalí, em companhia do pessoal do veleiro Sobá, do veleiro Pé na Tabua, do Rio de Janeiro e do veleiro Skua. O Nicolas aproveitou para jogar xadrez com os meninos do Sobá.
Retornamos para o Jazz 4 para a finalização da preparação para a partida: subida do motor de popa, guarda do tanque de gasolina do motor de popa, subida do bote, marcação dos waypoints, etc..

Quer mais?

Veja este vídeo muito legal editado pelo César e Gláucia (Veleiro Sweet) sobre Camamu e Salvador.