sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Velejada à Cananéia

Saímos de Santos às 5h30 da manhã eu, meu filho Kenzo, meu primo João e, de última hora, meu outro primo Mosquito. O percurso entre Santos e a Ilha do Bom Abrigo era estimado entre 20 e 24 horas de navegação. Pararíamos na Ilha até o horário da maré alta, 8h30, para entrar na Barra de Cananéia.

Saímos motorando. Próximo ao Morro da Fortaleza do Itaipú vimos um cardume de golfinhos, algo que nunca tinha visto na Baia de Santos. Fora da baia de Santos levantamos as velas e fomos em vela e motor. O mar estava calmo e o pouco vento que existia vinha de sudoeste, o que nos fazia velejar em uma orça apertada.
 Com o piloto automático ativo, não tinha muito a fazer.
Pouco vento, de sudoeste, que nos fazia velejar em orça apertada.
Kenzo e João acompanhando a velejada.

À noite o vento apertou e passou para sudeste, de través e desligamos o motor. Velejávamos a 6 nós com mestra no 2º rizo quando tive que assumir o timão, já que o James, nosso piloto automático, apitou avisando que não conseguia levar no rumo estipulado.  Nos revezamos nos turnos da noite. Kenzo, para variar, dormiu quase toda a viagem.

Chegamos à Ilha do Bom Abrigo no final da madrugada, por volta das 5h30, junto com os primeiros raios de sol. Havia também uma pequena embarcação de pesca ancorada bem próximo à praia. Ancoramos e dormimos até as 7h30, aguardando a maré mais cheia e maior visibilidade para a entrada.

Partindo da Ilha do Bom Abrigo.
 Partindo da Ilha do Bom Abrigo.
 Deixando a Ilha do Bom Abrigo.



A entrada na Barra de Cananéia é crítica, pois possui um banco de areia bem na entrada do canal. Durante a entrada, um grande vergalhão pegou o Jazz 4 pela popa, mas nada fora do esperado. Após o banco de areia, basta seguir os waypoints disponibilizados no site do Centro Náutico de Cananéia.

 Visão de Cananéia ao longe.
João observando a cidade de Cananéia ao fundo.
Balsa de Cananéia para Ilha Comprida.
Cananéia.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Nicolas vence e termina em primeiro no ranking paulista

Nosso tripulante mirim, Nicolas Bernal, termina em primeiro lugar na categoria principiante de optimist da Regata de São Sebastião, em regatas com muito vento. Isso premia o esforço de treinos em Ilhabela, neste segundo semestre, junto à equipe de vela do YCSA, que proporcionou grande evolução em regatas em vento forte e ondulação. Com esse resultado, Nicolas ficou em primeiro lugar na categoria principiantes do ranking paulista de optimist.
Premiação de 1º lugar da categoria principiantes na Regata de São Sebastião.
Premiação de 1º lugar da categoria principiantes na Regata de São Sebastião.
Jantar de confraternização - uma mesa só para a criançada.

Premiação do Campeonato Paulista 2013

A premiação do Campeonato Paulista 2013 e do ranking paulista da Coordenadoria de Optimist São Paulo (COSP) foi no Clube de Campo São Paulo (CCSP), sábado, dia 20 de novembro. No Campeonato Paulista 2013, Nicolas ficou em 4º lugar.

 Medalhas e troféus da premiação.
 Cerimônia de premiação.
 Cerimônia de premiação.
Premiação da categoria principiantes do Campeonato Paulista 2013 - Nicolas em 4º lugar.

Premiação do ranking da COSP 2013

No ranking da COSP 2013, na categoria principiantes, Nicolas ficou em 1º lugar. O ranking da COSP envolveu 8 campeonatos (5 na Guarapiranga e 3 em Ilhabela/São Sebastião), em 32 regatas.
 Premiação da categoria principiantes do ranking da COSP - Nicolas em 1º lugar.
 Nicolas e Martin Chao, amigão de treinos.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Feriado no Encontro das Ilhas

No feriado de 15 de novembro participamos do Encontro das Ilhas, um passeio em Flotilha que ajudei a organizar junto à ABVC.
 Café de manha com as tripulações.
 Preparação antes da partida.
 Saída com vento.
 Ancoragem - As Ilhas.
  Dia seguinte, meninada aproveitou para passear de bote.
 Volnys Kenzo e Nicolas.
 Volnys Kenzo e Nicolas.
 Volnys no bote.
Veleiros ancorados na praia.
 Churrasco na praia.
 Criançada brincando na praia.
 Criançada jogando cartas no barco.
Tripulação do Veleiro Malagô, do Comandante Juca.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Lagamar Parte 1 - Cananéia, Ariri e Vila Fátima

Depois de participar do Cruzeiro da Costa Sul, fiquei motivado a conhecer melhor a região do Lagamar, denominação dada à região lagunar entre Iguape (SP) e Paranaguá (PR). 
Como o Jazz 4 estava em obras de pintura interna, resolvi alugar uma lancha para conhecer algumas localidades: Vila Fátima (Ilha do Superagui), vilarejo de Barbados (Ilha do Superagui), vilarejo de Bertioga (Ilha das Peças) e a cidade de Guaraqueçaba.
Foi no primeiro final de semana de agosto. O tempo não estava muito bom: nublado e levemente frio. Quem me guiou pela região foi Jânio Preto, um guia local.

Cananéia - Ariri

Saímos por volta das 10 da manhã do Centro Náutico de Cananéia em direção à primeira parada: o vilarejo do Ariri.

  Centro Náutico de Cananéia.
 Trecho entre Cananéia e Ariri.

O vento estava cortante com o deslocamento da lancha. Depois de uma hora chegamos no vilarejo do Ariri (distrito de Cananéia). Aproveitamos para saborear uma porção de ostras no Restaurante da Dona Maria e seguimos viagem.

 Volnys Kenzo e Jânio Preto, nosso guia.
 Regina e Nicolas.
 Canoa típica da região.
 Canais e mangues deslumbrantes.
 Vilarejo do Ariri (Cananéia, SP).
 Volnys e Volnys Kenzo no Restaurante da Dona Maria (Ariri).

Ariri - Vila Fátima

Seguimos viagem passando pelo Canal do Varadouro, um canal artificial construído pelo homem e inaugurado em 1952 para permitir navegação na região lagunar entre Cananéia (SP) e Paranaguá (PR). A partir da criação do canal, a navegação entre Cananéia e Paranaguá pôde ser feita toda em águas abrigadas.
O Canal do Varadouro possui cerca 6 Km de comprimento, 50 metros de largura e, originalmente, com até 6 metros de profundidade. Hoje está assoreado. O canal delimita a divisa entre os estados de São Paulo e Paraná e sua construção deu origem à Ilha de Superagui.

Localização do Ariri, Canal do Varadouro e Vila Fátima.
Canal do Varadouro.
 Vila Fátima (Ilha do Superagui).

Após passar pelo Canal do Varadouro, chegamos à Vila Fátima, na Ilha do Superagui, já no município de Guaraqueçaba (PR). É uma pequena comunidade de pescadores onde paramos rapidamente para conhecer. Aqui o tempo parou, principalmente devido às restrições de ocupação de solo e de atividade econômica decorrentes de fazer parte uma unidade de conservação: APA de Guaraqueçaba e  Parque Nacional do Superagui. Nesta vila, a principal fonte de renda é a pesca artesanal e coleta de ostras. Aqui, nem energia elétrica existe. A área também é considerada Sítio do Patrimônio Natural (UNESCO,1999), Reserva da Biosfera (UNESCO, 1991) e Patrimônio Natural e Histórico do Paraná (Paraná, 1970).


O que muda o cenário são os aquecedores de água e centrais de energia solar instalados pela Copel (Compania Paranaense de Energia) para centenas de famílias da Ilha de Superagui, Ilha das Peças e comunicade Puruquara.

Canoa típica da região.

Foi uma parada rápida, de quinze minutos, só para conhecer o vilarejo. Seguimos em direção ao vilarejo de Bertioga, na Ilha das Peças.

domingo, 25 de agosto de 2013

Nicolas vence mais uma.

Nosso tripulante mirim, Nicolas, vence mais uma no optimist: ficou em primeiro lugar na categoria principiante e décimo na geral a Taça Humboldt organicada pelo YCSA e válida pelo ranking paulista. O campeonato contou com mais de cinquenta participantes, incluindo flotilhas de Ilhabela e São Sebastião.
Premiação da categoria Principiante do Optimist.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Nada é por acaso ...

Foi em março deste ano. Tinha planejado iniciar minha participação no Cruzeiro Costa Sul de 2013 somente a partir de Cananéia, devido a compromissos profissionais assumidos. Outra tripulação, os amigos Garcia e Renato, levariam o Jazz 4 de Santos a Cananéia, onde me juntaria à tripulação.

Quando o motor do Jazz 4 apresentou problema na saída de Santos (logo em Santos, no seu porto seguro), pensei que novamente não iria conhecer o trecho entre Santos e Florianópolis (quando eu comprei o Jazz 4 tinha a intenção de participar do CCS 2011, porém o extravio da documentação encaminhada à Natal - RN pela GolLog, que era para chegar em 3 horas e foi encontrada 15 dias depois, atrasou a chegada do veleiro).

Mesmo sem meu veleiro, mantive a programação, peguei um ônibus até Cananeia com a esperança de seguir como tripulante em algum veleiro. Era um tiro no escuro! Cheguei já era noite e chovia. Informei minha situação ao Comodoro da Flotilha, Philippe Gouffon, que ficou de entrar em contato com os participantes no dia seguinte, dia da partida em direção ao Canal do Varadouro. Marcos Bernauer, do Centro Náutico de Cananéia, me auxiliou a encontrar uma vaga em um hotel, já que a cidade estava lotada.

No dia seguinte,  logo cedo, por telefone, a notícia: o veleiro Amar Sem Fim, da Família Yoshima, precisava de um tripulante para acompanha-los até Florianópolis. A Família Yoshima já morava há três meses a bordo do veleiro e esta era a primeira grande navegação.

Percebi com eles quais são os dois os principais desafios em morar no veleiro e ser livre para velejar. Diferentemente do que todos pensam, a maior dificuldade é largar tudo, desapegar, mesmo quando se tem o suporte financeiro para se manter nessa condição. E quando se tem filhos em idade escolar, o desafio de educar-los com ensino a distância ou homeschool

Tive o grande prazer de conhecer, velejar e conviver com a família Yoshima, inicialmente entre Cananéia e Joinville e, depois, entre Florianópolis e Rio Grande. Eles continuaram até Buenos Aires, onde estão até hoje. 

A história da família Yoshima no veleiro Amar Sem Fim você encontra no relato "Mudando de Rumo" recém postado no blog da ABVC.

O relato da navegação entre Cananéia e Joinville e entre Florianópolis e Rio Grande você encontra nas páginas neste blog.

 Veleiro Amar Sem Fim durante a navegação pelo Canal do Varadouro.

Helena e Ricardo durante o CCS 2013.