domingo, 29 de julho de 2012

Jazz 4 no CCL 2012 - Santo André

Chegada a Santo André

(19º dia do CCL, 25/07/2012, quarta)
(Por Volnys) O vilarejo de Santo André pertence à cidade de Santa Cruz de Cabrália, distante 24 km de Porto Seguro, e fica às margens do Rio João de Tiba.
Chegamos próximo à Barra do Rio João de Tiba, como previsto, às seis horas da manhã. A entrada para o rio é muito complicada e exige maré alta. O prático Carlindo chegou quinze minutos depois e conduziu três comboios de veleiros: primeiro os de menor calado e por último, na maré mais alta, os de maior calado. O canal é muito estreito e exige conhecimento do local. A ancoragem é feita no canal do rio, na margem do lado do vilarejo, com uma âncora pela proa e outra pela popa, deixando o veleiro alinhado ao fluxo do rio. Depois de ancorar pedimos ao Carlindo para encher um dos tambores de diesel em Cabrália, já que ali não havia infraestrutura para abastecimento.
Comboio de veleiros na entrada da barra do Rio João de Tiba.
Volnys durante a entrada no Rio João de Tiba.
Nicolas no Jazz 4 com a vila de Santo André ao fundo.
Nicolas no leme auxiliando no momento do lançamento da âncora.
Prático Carlindo na sua embarcação.
Vídeo com a chegada do Jazz 4 a Santo André.

Desembarcamos e fomos à busca de um local para tomar café. Já eram nove da manhã. Não havia padaria no vilarejo, somente uma pequena mercearia. Encontramos um local, o Cyber Café, que tinha um buffet de café da manhã, que apesar de um preço um pouco acima do que desejávamos pagar, tinha tudo que gostaríamos: leite, café, frutas e frios. Depois chegou o resto do pessoal do Costa Leste.
Depois do café fomos em busca de uma pousada para ficar um dia. Encontramos a Pousada Campeão que, apesar de rústica, tinha tudo que precisávamos, incluindo café da manhã, e que nos fez um preço super especial. Optamos por ficar também nos outros dias.
Voltamos ao veleiro para a lavagem e arrumação geral. Afinal, havíamos ficado seis dias longe do continente, sem reabastecer de água, de diesel e de víveres. Impressionante, também, como geramos lixo. Na volta a terra, encontramos o João, um menino do vilarejo, que se ofereceu para tomar conta do bote.
Almoçamos no Restaurante Gaivotas junto com grande parte dos velejadores. 
Almoço no Restaurante Gaivotas.
Botes na praia do rio na frente do Restaurante Gaivotas.
Depois  do almoço, fomos, de bote, até próximo a barra fazer uma caminhada pela margem do rio e pela praia após a barra. 
Vista dos veleiros no Rio João de Tiba.
Caminhada pela praia do Rio João de Tiba.
Barra do Rio João de Tiba.
Banco de areia no meio do Rio João de Tiba, na maré baixa.
Banco de areia no meio do Rio João de Tiba, na maré baixa.
Já eram umas quatro da tarde, estava muito cansado, pois havia ficado acordado grande parte da madrugada. Voltamos para a pousada e eu fui dormir.
 Pousada do Campeão.

Santo André - Litoral Sul

(20º dia do CCL, 26/07/2012, quinta)
(Por Volnys) Cheguei as oito horas da manhã no Restaurante Gaivotas para pegar o carro que havia reservado no dia anterior. Como não encontrei ninguém da locadora, entrei em contato pelo telefone e remarcaram para as nove horas. Resultado, peguei o carro as 10h15. Já estava achando que a Bahia tinha um fuso horário diferente. Tínhamos planejado ir em direção ao litoral no sentido sul, ou seja, Cabralia, Porto Seguro, Arraial das Judas, Trancoso ...
Pegamos a balsa entre Santo André e Santa Cruz de Cabrália. Logo de início, procurei um local para recarga de gás, mas não encontrei do tipo que precisava. O bujão  de gás do Jazz 4 é de 2 kg, antigo, que não é mais comercializado. Porém não é possível usar outro pois existe um pequeno paiol do lado externo exclusivo, especialmente projetado para esse tipo de bujão. Me indicaram para entrar em contato com um Pipoqueiro, em um lado afastado da cidade. Mas iria tentar encontrar em Porto Seguro.
 Balsa entre Santo André e Santa Cruz de Cabrália.
 Atracadouro da balsa em Santo André.
 Balsa entre Santo André de Santo Cruz de Cabrália.
 Santa Cruz de Cabrália vista da balsa.
 Santa Cruz de Cabrália vista do alto.
Seguimos em direção a Porto Seguro. A estrada segue próximo à praia. Paramos em um quiosque para beliscar algo. Pelo caminho passamos por diversos quiosques mais sofisticados e musicados como Aché Moí, Tamo a Toa, entre outros. Chegando em Porto Seguro fomos à parte alta da cidade visitar o centro histórico. Lá foi erguida a primeira vila do Brasil.


 Vila histórica de Porto Seguro.
 Vila histórica de Porto Seguro.
 Vila histórica de Porto Seguro.
 Vista do litoral norte de Porto Seguro. Ao fundo os recifes de coroa vermelha.
 Vista do alto da cidade de Porto Seguro.
Continuamos em direção ao Sul, para Arraial das Judas. Mais uma balsa. O local parece um pouco mais sofisticado e seletivo, diferentemente de Porto Seguro, mais para os jovens.
Paramos em um restaurante na Praia do Mucugê. Os meninos correram para a água, com suas pranchas de bodyboard. Depois alugaram um caiaque, eles estão craques no remo! Almoçamos peixe com molho de camarão. Encontramos na praia, no restaurante ao lado, a tripulação do Naumi. Ficamos por lá até o final da tarde. Na volta pegamos uma fila de uma hora na balsa para Porto Seguro. Também não encontrei o bujão de gás em Porto Seguro.
  Balsa entre Porto Seguro e Arraial D´juda.
 Kenzo e Nicolas no caiaque em Arraial D´juda.
 Kenzo e Nicolas nas aguas quentes entre o recife de Arraial D´Ajuda.
Encontro da tripulação do veleiro Naumi no restaurante ao lado.
A noite eu e o Kenzo passamos no Restaurante Gaivotas para verificar se estava tudo bem com o bote. Encontrei o João tomando conta do bote. Me perguntou se queria abastecer o tanque de água. Afirmei que sim e fui até o Jazz 4 mostrar onde era o agulheiro d'água. Ele iria abastecer no dia seguinte. Na volta, no escuro, o Kenzo trocou um dos chinelos com o João. Kenzo só percebeu depois, tarde demais.
Kenzo e seu chinelo - fazendo moda ...

Santo André - Litoral norte 

(21º dia do CCL, 27/07/2012, sexta)
(Por Volnys) A programação do dia seria conhecer o litoral norte. Porém, antes precisávamos abastecer o veleiro com víveres. Por isso, logo de manhã, fomos novamente a Santa Cruz de Cabrália fazer compras no supermercado. Depois fui procurar o pipoqueiro para reabastecer o bujão de gás. Era na parte alta da cidade, região chamada de "casinhas", mais pobre e também perigosa. Infelizmente ele não estava. Na volta aproveitamos para conhecer o centro histórico de Santa Cruz de Cabrália. Em 1541 parte da população da antiga vila de Porto Seguro mudou-se para este local e criou a Vila de Santa Cruz. Como em porto seguro, a vila fica na parte alta da cidade, onde se destaca a igreja e a cadeia.
Café da manhã na Pousada Campeão.
Centro histórico da Vila de Santa Cruz.
Centro histórico da Vila de Santa Cruz,
Vista do litoral e do Rio João de Tiba a partir do centro histórico da Vila de Santa Cruz.
Na volta, encontramos o João e outros meninos tomando conta dos botes. Depois de arrumar as compras no Jazz 4, mostramos o veleiro aos meninos.
Fomos pela rodovia em direção ao litoral norte. Precisávamos almoçar. Paramos no restaurante da Maria Nilza, na praia Guaiú. Era um local diferente e acolhedor. A praia era desprotegida da barreira de corais e, por isso, tinha onda, que deixou os meninos animados para entrar n´água. Não ficamos muito tempo pois as 17h00 estava programada a reunião dos comandantes.
Na reunião dos comandantes ficou acertado que sairíamos no dia seguinte, as 10h30, na maré alta. Depois da reunião voltei à pousada para assistir a cerimônia de abertura das Olimpíadas.
Restaurante Maria Nilza.
Restaurante Maria Nilza.
O aconchego no restaurante Maria Nilza.
Meninos aproveitando a Praia de Guaiú.
Praia de Guaiú.
Pasteis para dibrar a fome.
Visitantes do restaurante.
Um pouco de sol depois da praia.
Na hora do almoço, aparatos originais.

Saída de Santo André

(22º dia do CCL, 28/07/2012, sabado)
Dia de partida é sempre estressante, muito a fazer e sempre com surpresas. Sairíamos as 10h30 em direção a Ilhéus. Dividimos as tarefas, eu e o Nico ficamos responsáveis em devolver o carro, levar as malas e iniciar os preparativos para a saída. A Regina e o Kenzo, pelos sanduíches, compra de verduras e frutas no mercado e pelo chinelo do Kenzo. Como não conseguimos reabastecer de gás, Regina preparou, ainda na pousada, os sanduíches para o almoço.
Já no barco, configurei os waypoints e a rota no GPS. Depois, fui abastecer com o diesel do galão que o Carlindo havia comprado. Para minha surpresa, tinha uma cor avermelhada. Fiquei na duvida se seria diesel ou gasolina. Por precaução, interrompi e enchi com o diesel do outro galão de 20 litros. Perdi um tempo precioso, já estavam chamando os veleiros do comboio do primeiro grupo, os menores. Resolvi recolher o bote depois da saída da barra. Recolhi a âncora de popa, recolhi a âncora da proa e nos juntamos ao primeiro grupo que já estava saindo. Depois da saída da barra perguntei ao Carlindo sobre o combustível e ele me confirmou que era diesel.
O dia era ensolarado, com vento entre 8 e 14 nós, variando entre leste e sudeste. Fomos em través ao vento, inicialmente no motor. Por volta das 3 da tarde, quando sustentou acima de  4,5 nós, desliguei o motor. Alguns veleiros levantaram a gennaker e estavam velejando a 6 nós. Ao anoitecer tivemos que retomar o uso do motor juntamente com a vela.
 Saída de Santo André, após levantar as âncoras, ainda no Rio João de Tiba.
 Saída de Santo André ainda no Rio João de Tiba (Foto: Fran Matos).
 Saída de veleiros em comboio na foz do Rio João de Tiba.
 Saída de veleiros em comboio na foz do Rio João de Tiba.
 Veleiro Jazz 4 no comboio (Foto: Fran matos).
 Veleiro Naumi no momento de armar a vela amestra.
 Veleiro Naumi no momento de armar a vela mestra.
Veleiro Naumi no momento de armar a vela mestra.

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