segunda-feira, 30 de julho de 2012

Jazz 4 no CCL 2012 - Um pouco de história

Descobrimento da Terra de Santa Cruz


Dia 21 de abril de 1500

Depois de 43 dias após ter partido de Lisboa, aos 21 de abril de 1500, a frota comandada pelo Capitão-Mor Pedro Álvares Cabral, avista alguns sinais que indicavam proximidade da terra: pássaros e vegetação flutuante.

Dia 22 de abril de 1500

Na tarde de 22 de abril avistou terra a nove léguas (~ 50 Km):
“Neste dia, a horas de véspera (fim de tarde), houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo, e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chá, com grandes arvoredos ao monte alto o capitão pôs nome - o Monte Pascoal, e à terra - a Terra da Vera Cruz. Mandou lançar o prumo. Acharam vinte e cinco braças; e, ao sol posto, obras de seis léguas da terra, surgimos âncoras, em dezenove braças - ancoragem limpa. Ali permanecemos toda aquela noite.(...)” (da carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada)
O primeiro ponto do continente avistado foi o cume do Monte Pascoal (536 m de altura), batizado desta forma devido ao período da Páscoa. Nesse momento, a profundidade era de 55 m (25 braças). No início da noite ancoraram em um local distante 18 Milhas (6 léguas) da costa e a uma profundidade de 42 metros (19 braças), aguardando a manhã seguinte para avançar. 
Obs: Uma Braça é equivalente a 2,2 m e uma Légua a 3 Milhas Náuticas.

23 de abril de 1500

“(...) pela manhã, fizemos vela e seguimos direitos à terra, indo os navios pequenos diante, por dezessete, dezesseis, quinze, quatorze, treze, doze, dez e nove braças, até meia légua da terra, onde todos lançamos âncoras em frente à boca de um rio. E chegaríamos a esta ancoragem às dez horas (...)” (da carta de Pero Vaz de Caminha)
As 10 horas da manha do dia seguinte, 23 de abril, seguiram em direção da terra, ancorando na direção da foz de um rio, a 1,5 Milhas (meia légua) e a uma profundidade de 20 m (nove braças). O rio citado não é conhecido exatamente, podendo ser o Rio do Frade, o Rio Caraíva, Rio Prado ou o Rio Caí (ou Cahy).
“E o Capitão-Mor mandou em terra no batel a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E tanto que ele começou de ir para lá, acudiram pela praia homens, quando aos dois, quando aos três, de maneira que, ao chegar o batel à boca do rio, já ali havia dezoito ou vinte homens” (da carta de Pero Vaz de Caminha)
Um grupo de pessoas liderado por Nicolau Coelho foi mandado à terra em uma pequena embarcação de apoio, um batel, para realizar o reconhecimento. Foi o primeiro desembarque e o primeiro contato com os habitantes indígenas.
 Figura de um batel (fonte: www.ptnauticmodel.net).

24 de abril de 1500

No dia 24, a frota é atingida por uma frente fria:
“Na noite seguinte ventou tanto sueste como chuvaceiros que fez caçar as naus e especialmente a capitania." (da carta de Pero Vaz de Caminha)

25 de abril de 1500

"E sexta pela manhã, às oito horas pouco mais ou menos, por conselho dos pilotos, mandou o Capitão levantar âncoras e fazer vela; e fomos ao longo da costa, com os batéis e esquifes amarrados à popa na direção do norte, para ver se achávamos alguma abrigada e bom pouco, onde nos demorássemos, para tomar água e lenha. (...) Fomos de longo, e mandou o Capitão aos navios pequenos que seguissem mais chegados à terra, e, se achassem pouso seguro para as naus, que amainassem.
E, velejando nós pela costa, acharam os ditos navios pequenos, obra de dez léguas do sítio donde tínhamos levantado ferro, um recife com um porto dentro, muito bom e muito seguro, com uma mui larga entrada. E meteram-se dentro e amainaram (baixaram as velas). As naus arribaram sobre eles, e um pouco antes do sol posto amainaram também, obra de uma légua (~5,5 km) do recife, e ancoraram em onze braças (~21m) .” (da carta de Pero Vaz de Caminha)
Pela manhã, a frota navegou em direção ao norte, a procura de um local mais abrigado para ancoragem. Os saveiros, por seu calado menor, velejaram mais próximo à costa. Depois de 30 Milhas (10 léguas), adentraram nos recifes da coroa vermelha, atualmente pertencente ao Município de Santa Cruz de Cabrália. As naus, devido ao seu calado ancoraram mais distante, a 3 Milhas (uma légua) da costa.
“A tarde saiu o Capitão-mor em seu batel com todos nós outros e com os outros capitães das naus em seus batéis a folgar pela baía, em frente da praia. Mas ninguém saiu em terra, porque o Capitão o não quis, sem embargo de ninguém nela estar. Somente saiu - ele com todos nós – em um ilhéu grande, que na baía está e que na baixa-mar fica mui vazio. Porém é por toda a parte cercado de água, de sorte que ninguém lá pode ir a não ser de barco ou a nado.
Ao domingo de PascoeIa pela manhã, determinou o Capitão de ir, ouvir missa e pregação naquele ilhéu." (da carta de Pero Vaz de Caminha)

A primeira missa no Brasil não foi no continente, mas em uma pequena ilha de terra não alagada da Coroa Vermelha.

As terras descobertas ficaram conhecidas, neste período como Ilha de Vera Cruz ou Terra de Vera Cruz. Depois de algumas décadas foi renomeada para Terra de Santa Cruz e, por fim, Brasil.

A frota do descobrimento

A frota do descobrimento era invejável para a época. Possuía treze embarcações, organizada em duas divisões. A primeira divisão, em missão à Índia (Calecut), possuía 11 embarcações e era liderada pelo Capitão-Mor Pedro Álvares Cabral. A segunda divisão, em missão à África Oriental (mina de Sofala), possuía duas embarcações e era liderada pelo Capitão-Mor Bartolomeu Dias.
Primeira divisão, em missão à Índia (Calecut), Capitão-Mor Pedro Álvares Cabral.
Capitão
Embarcação
Tonelagem
Tripulação
Observação
Pedro Álvares Cabral
Nau
250
190
Capitânia (nau em que vai o comandante da esquadra).
Embarcação do rei de Portugal.
Sancho de Tovar
Nau
200
160
Sota-Capitânia (nau em que vaio o segundo comandante de uma esquadra). Embarcação do rei de Portugal.
Simão de Miranda de Azevedo
Nau
180
150
Embarcação do rei de Portugal.
Aires da Silva
Nau
180
150
Embarcação do rei de Portugal.
Simão de Pina
Nau
180
150
Embarcação do rei de Portugal.
Vasco Ataíde
Nau
180
150
Embarcação do rei de Portugal.
Nicolau Coelho
Nau
180
150
Embarcação do rei de Portugal.
Pedo de Ataíde
Caravela
70
50
Embarcação do rei de Portugal, de nome São Pedro
Gaspar de Lemos
Caravela
100
80
Embarcação do rei de Portugal, levava suprimentos
Nuno Leitão da Cunha
Caravela
100
30
Armada mercante particular, de nome Nossa Senhora Anunciada.
Luís Pires
Nau
130
40
Armada mercante particular.

Segunda divisão, em missão à África Oriental (mina de Sofala), Capitão-Mor Bartolomeu Dias.
Capitão
Embarcação
Tonelagem
Tripulação
Observação
Bartolomeu Dias
Caravela
100
80
Embarcação do rei de Portugal, de nome Redonda
Diogo Dias
Nau
180
150
Embarcação do rei de Portugal.


As embarcações


A esquadra era composta por quatro caravelas e nove naus portuguesas.

Caravela

A caravela era uma embarcação desenvolvida pelos portugueses. Possuía cerca de 25 m (45 pés) de comprimento, 7 m de boca, 3 m de calado. Levava com pouco mais de 20 tripulantes e sua capacidade de carga era muito pequena, transportava entre 40 e 60 tonéis. Era uma embarcação rápida, de fácil manobra. Possuía dois 2 ou 3 mastros e utilizava velas latinas (triangulares) que lhe permitia orçar. Em caso de necessidade podia ser movia a remos. A dimensão e forma do casco tornavam esta caravela incapaz como cargueiro para viagens de longa distância. (mais informações em http://cvc.instituto-camoes.pt/navegaport/c06.html) 
 Caravela
(fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Caravela_Vera_Cruz_no_rio_Tejo.jpg).

Nau portuguesa

A nau portuguesa era voltada para o transporte de cargas e dependia do conhecimento do regime de ventos, pois precisava de ventos favoráveis para navegação. Era uma embarcação redonda e de bordo alto. Possuía três mastros, o grande e o traquete com velas redondas e o da mezena com velas latinas (triangulares). Eram embarcações maiores e mais estáveis para navegação nas altas latitudes, como a região do Cabo da Boa Esperança. Transportava entre 200 e 500 tonéis (mais informações em http://cvc.instituto-camoes.pt/navegaport/c15.html).
 Nau portuguesa (fonte:
http://www.360portugal.com/Distritos.QTVR/Porto.VR/vilas.cidades/Vila_Conde/NauQuinhentista.html).

O local do descobrimento


O local do descobrimento não é definido com precisão na Carta de Pero Vaz de Caminha. As principais referências existentes são:
  • A foz de um Rio na direção do Monte Pascoal, podendo ser o Rio do Frade, o Rio Caraíva, Rio Prado ou o Rio Caí (ou Cahy), com ancoragem a 1,5 Milhas da costa a 20 m de profundidade.
  • 30 milha ao sul do Recife da Coroa Vermelha (em Cabrália).
O local mais provável da ancoragem é Rio do Frade ou o Rio Caraíva.

domingo, 29 de julho de 2012

Jazz 4 no CCL 2012 - Santo André

Chegada a Santo André

(19º dia do CCL, 25/07/2012, quarta)
(Por Volnys) O vilarejo de Santo André pertence à cidade de Santa Cruz de Cabrália, distante 24 km de Porto Seguro, e fica às margens do Rio João de Tiba.
Chegamos próximo à Barra do Rio João de Tiba, como previsto, às seis horas da manhã. A entrada para o rio é muito complicada e exige maré alta. O prático Carlindo chegou quinze minutos depois e conduziu três comboios de veleiros: primeiro os de menor calado e por último, na maré mais alta, os de maior calado. O canal é muito estreito e exige conhecimento do local. A ancoragem é feita no canal do rio, na margem do lado do vilarejo, com uma âncora pela proa e outra pela popa, deixando o veleiro alinhado ao fluxo do rio. Depois de ancorar pedimos ao Carlindo para encher um dos tambores de diesel em Cabrália, já que ali não havia infraestrutura para abastecimento.
Comboio de veleiros na entrada da barra do Rio João de Tiba.
Volnys durante a entrada no Rio João de Tiba.
Nicolas no Jazz 4 com a vila de Santo André ao fundo.
Nicolas no leme auxiliando no momento do lançamento da âncora.
Prático Carlindo na sua embarcação.
Vídeo com a chegada do Jazz 4 a Santo André.

Desembarcamos e fomos à busca de um local para tomar café. Já eram nove da manhã. Não havia padaria no vilarejo, somente uma pequena mercearia. Encontramos um local, o Cyber Café, que tinha um buffet de café da manhã, que apesar de um preço um pouco acima do que desejávamos pagar, tinha tudo que gostaríamos: leite, café, frutas e frios. Depois chegou o resto do pessoal do Costa Leste.
Depois do café fomos em busca de uma pousada para ficar um dia. Encontramos a Pousada Campeão que, apesar de rústica, tinha tudo que precisávamos, incluindo café da manhã, e que nos fez um preço super especial. Optamos por ficar também nos outros dias.
Voltamos ao veleiro para a lavagem e arrumação geral. Afinal, havíamos ficado seis dias longe do continente, sem reabastecer de água, de diesel e de víveres. Impressionante, também, como geramos lixo. Na volta a terra, encontramos o João, um menino do vilarejo, que se ofereceu para tomar conta do bote.
Almoçamos no Restaurante Gaivotas junto com grande parte dos velejadores. 
Almoço no Restaurante Gaivotas.
Botes na praia do rio na frente do Restaurante Gaivotas.
Depois  do almoço, fomos, de bote, até próximo a barra fazer uma caminhada pela margem do rio e pela praia após a barra. 
Vista dos veleiros no Rio João de Tiba.
Caminhada pela praia do Rio João de Tiba.
Barra do Rio João de Tiba.
Banco de areia no meio do Rio João de Tiba, na maré baixa.
Banco de areia no meio do Rio João de Tiba, na maré baixa.
Já eram umas quatro da tarde, estava muito cansado, pois havia ficado acordado grande parte da madrugada. Voltamos para a pousada e eu fui dormir.
 Pousada do Campeão.

Santo André - Litoral Sul

(20º dia do CCL, 26/07/2012, quinta)
(Por Volnys) Cheguei as oito horas da manhã no Restaurante Gaivotas para pegar o carro que havia reservado no dia anterior. Como não encontrei ninguém da locadora, entrei em contato pelo telefone e remarcaram para as nove horas. Resultado, peguei o carro as 10h15. Já estava achando que a Bahia tinha um fuso horário diferente. Tínhamos planejado ir em direção ao litoral no sentido sul, ou seja, Cabralia, Porto Seguro, Arraial das Judas, Trancoso ...
Pegamos a balsa entre Santo André e Santa Cruz de Cabrália. Logo de início, procurei um local para recarga de gás, mas não encontrei do tipo que precisava. O bujão  de gás do Jazz 4 é de 2 kg, antigo, que não é mais comercializado. Porém não é possível usar outro pois existe um pequeno paiol do lado externo exclusivo, especialmente projetado para esse tipo de bujão. Me indicaram para entrar em contato com um Pipoqueiro, em um lado afastado da cidade. Mas iria tentar encontrar em Porto Seguro.
 Balsa entre Santo André e Santa Cruz de Cabrália.
 Atracadouro da balsa em Santo André.
 Balsa entre Santo André de Santo Cruz de Cabrália.
 Santa Cruz de Cabrália vista da balsa.
 Santa Cruz de Cabrália vista do alto.
Seguimos em direção a Porto Seguro. A estrada segue próximo à praia. Paramos em um quiosque para beliscar algo. Pelo caminho passamos por diversos quiosques mais sofisticados e musicados como Aché Moí, Tamo a Toa, entre outros. Chegando em Porto Seguro fomos à parte alta da cidade visitar o centro histórico. Lá foi erguida a primeira vila do Brasil.


 Vila histórica de Porto Seguro.
 Vila histórica de Porto Seguro.
 Vila histórica de Porto Seguro.
 Vista do litoral norte de Porto Seguro. Ao fundo os recifes de coroa vermelha.
 Vista do alto da cidade de Porto Seguro.
Continuamos em direção ao Sul, para Arraial das Judas. Mais uma balsa. O local parece um pouco mais sofisticado e seletivo, diferentemente de Porto Seguro, mais para os jovens.
Paramos em um restaurante na Praia do Mucugê. Os meninos correram para a água, com suas pranchas de bodyboard. Depois alugaram um caiaque, eles estão craques no remo! Almoçamos peixe com molho de camarão. Encontramos na praia, no restaurante ao lado, a tripulação do Naumi. Ficamos por lá até o final da tarde. Na volta pegamos uma fila de uma hora na balsa para Porto Seguro. Também não encontrei o bujão de gás em Porto Seguro.
  Balsa entre Porto Seguro e Arraial D´juda.
 Kenzo e Nicolas no caiaque em Arraial D´juda.
 Kenzo e Nicolas nas aguas quentes entre o recife de Arraial D´Ajuda.
Encontro da tripulação do veleiro Naumi no restaurante ao lado.
A noite eu e o Kenzo passamos no Restaurante Gaivotas para verificar se estava tudo bem com o bote. Encontrei o João tomando conta do bote. Me perguntou se queria abastecer o tanque de água. Afirmei que sim e fui até o Jazz 4 mostrar onde era o agulheiro d'água. Ele iria abastecer no dia seguinte. Na volta, no escuro, o Kenzo trocou um dos chinelos com o João. Kenzo só percebeu depois, tarde demais.
Kenzo e seu chinelo - fazendo moda ...

Santo André - Litoral norte 

(21º dia do CCL, 27/07/2012, sexta)
(Por Volnys) A programação do dia seria conhecer o litoral norte. Porém, antes precisávamos abastecer o veleiro com víveres. Por isso, logo de manhã, fomos novamente a Santa Cruz de Cabrália fazer compras no supermercado. Depois fui procurar o pipoqueiro para reabastecer o bujão de gás. Era na parte alta da cidade, região chamada de "casinhas", mais pobre e também perigosa. Infelizmente ele não estava. Na volta aproveitamos para conhecer o centro histórico de Santa Cruz de Cabrália. Em 1541 parte da população da antiga vila de Porto Seguro mudou-se para este local e criou a Vila de Santa Cruz. Como em porto seguro, a vila fica na parte alta da cidade, onde se destaca a igreja e a cadeia.
Café da manhã na Pousada Campeão.
Centro histórico da Vila de Santa Cruz.
Centro histórico da Vila de Santa Cruz,
Vista do litoral e do Rio João de Tiba a partir do centro histórico da Vila de Santa Cruz.
Na volta, encontramos o João e outros meninos tomando conta dos botes. Depois de arrumar as compras no Jazz 4, mostramos o veleiro aos meninos.
Fomos pela rodovia em direção ao litoral norte. Precisávamos almoçar. Paramos no restaurante da Maria Nilza, na praia Guaiú. Era um local diferente e acolhedor. A praia era desprotegida da barreira de corais e, por isso, tinha onda, que deixou os meninos animados para entrar n´água. Não ficamos muito tempo pois as 17h00 estava programada a reunião dos comandantes.
Na reunião dos comandantes ficou acertado que sairíamos no dia seguinte, as 10h30, na maré alta. Depois da reunião voltei à pousada para assistir a cerimônia de abertura das Olimpíadas.
Restaurante Maria Nilza.
Restaurante Maria Nilza.
O aconchego no restaurante Maria Nilza.
Meninos aproveitando a Praia de Guaiú.
Praia de Guaiú.
Pasteis para dibrar a fome.
Visitantes do restaurante.
Um pouco de sol depois da praia.
Na hora do almoço, aparatos originais.

Saída de Santo André

(22º dia do CCL, 28/07/2012, sabado)
Dia de partida é sempre estressante, muito a fazer e sempre com surpresas. Sairíamos as 10h30 em direção a Ilhéus. Dividimos as tarefas, eu e o Nico ficamos responsáveis em devolver o carro, levar as malas e iniciar os preparativos para a saída. A Regina e o Kenzo, pelos sanduíches, compra de verduras e frutas no mercado e pelo chinelo do Kenzo. Como não conseguimos reabastecer de gás, Regina preparou, ainda na pousada, os sanduíches para o almoço.
Já no barco, configurei os waypoints e a rota no GPS. Depois, fui abastecer com o diesel do galão que o Carlindo havia comprado. Para minha surpresa, tinha uma cor avermelhada. Fiquei na duvida se seria diesel ou gasolina. Por precaução, interrompi e enchi com o diesel do outro galão de 20 litros. Perdi um tempo precioso, já estavam chamando os veleiros do comboio do primeiro grupo, os menores. Resolvi recolher o bote depois da saída da barra. Recolhi a âncora de popa, recolhi a âncora da proa e nos juntamos ao primeiro grupo que já estava saindo. Depois da saída da barra perguntei ao Carlindo sobre o combustível e ele me confirmou que era diesel.
O dia era ensolarado, com vento entre 8 e 14 nós, variando entre leste e sudeste. Fomos em través ao vento, inicialmente no motor. Por volta das 3 da tarde, quando sustentou acima de  4,5 nós, desliguei o motor. Alguns veleiros levantaram a gennaker e estavam velejando a 6 nós. Ao anoitecer tivemos que retomar o uso do motor juntamente com a vela.
 Saída de Santo André, após levantar as âncoras, ainda no Rio João de Tiba.
 Saída de Santo André ainda no Rio João de Tiba (Foto: Fran Matos).
 Saída de veleiros em comboio na foz do Rio João de Tiba.
 Saída de veleiros em comboio na foz do Rio João de Tiba.
 Veleiro Jazz 4 no comboio (Foto: Fran matos).
 Veleiro Naumi no momento de armar a vela amestra.
 Veleiro Naumi no momento de armar a vela mestra.
Veleiro Naumi no momento de armar a vela mestra.