Veleiro Jazz 4: Jazz 4 na Refeno 2012

Neste ano (2012) a largada da Regata Recife - Fernando de Noronha (REFENO) foi postergada do mês de setembro para o mês de outubro, com o objetivo de propiciar condições mais amenas para a regata. Mesmo assim, os ventos foram sempre acima dos 15 nós.
O Jazz 4 participou na categoria RGS E, que continha 11 veleiros inscritos. Esta foi a quarta participação do veleiro na REFENO, a primeira sob meu (Volnys) comando.
A tripulação foi composta por mim mais cinco colegas de vela: João Borges (que levou o Jazz 4 de Salvador a Recife), Mosquito (José Renato Borges), Thiago Pustiglione, Brian Alvarez e Alexandre Garcia.
Próximo à meia noite do dia anterior à largada, tiramos o Jazz 4 do Clube Cabanga, pois a maré iria estar baixa no período da manhã.

Largada

(13 de outubro de 2012) A largada, realizada no cais revitalizado, foi um show, pois permite o acompanhamento de perto dos veleiros pelo público, um exemplo para outras regatas de percurso. Os veleiros foram divididos em quatro grupos identificados pelas cores. O nosso grupo era o verde, que faria a primeira largada.
Os veleiros tinham 30 minutos para adentrar na área de largada. Neste período, era obrigatório realizar o check-in, que consistia em passar próximo ao cais e informar a quantidade de tripulantes.
Outra novidade foi a obrigatoriedade de uso do SPOT, um rastreador via satélite, que também permite acompanhar on-line o andamento dos veleiros.

Bóia de marcação para o check-in dos veleiros.

VMAX-5 (Open 6.5) comandado por Kan Chuh no check-in da largada do grupo verde (primeira largada)

Público acompanha o check-in dos veleiros para a largada da REFENO no cais do porto revitalizado.

Jazz 4 se aproxima do check-in para a largada do grupo verde (primeira largada).

Jazz 4 no check-in da largada do grupo verde (primeira largada).

Tripulação do Jazz 4: Brian, Mosquito, Volnys, Thiago, Garcia e João.

Jazz 4 no check-in da largada do grupo verde.

Volnys durante o check-in da largada do grupo verde.

Jazz 4 no check-in da largada do grupo verde.

Veleiro Bearship no check-in da largada do grupo verde.

Veleiro Naumi no check-in da largada do grupo verde.

Veleiro Bicho Preguiça no check-in da largada do grupo verde.

Veleiro Tempo no check-in da largada do grupo verde.

Veleiro Lampião no check-in da largada do grupo verde.

Veleiro Avoante no check-in da largada do grupo verde.

Veleiro Entre-Polos no check-in da largada do grupo verde.

Nicolas e Kenzo acompanhando a largada do grupo verde.

Largada do grupo verde.

Check-in dos veleiro dos outros grupos.

Sessentão no check-in do grupo azul.

Namoa, comandado pelo Joca, no check-in do grupo vermelho.

Trimarã Ave Rara no check-in do grupo vermelho.

Velejada

Os ventos foram sempre superiores a 15 nós, de través ou orça folgada. A ondulação não era muito alta. Sempre havia veleiros a vista. Seriamos acompanhados por três embarcações de apoio: o rebocador de alto mar Triunfo, mais próximo ao final de flotilha, a lancha patrulha Grajaú, a frente da flotilha, ambos da Marinha do Brasil, e a lancha Miami, do Cabanga Iate Clube. Tínhamos que informar nossa posição, via rádio, todo dia as 6 horas da manhã.

O veleiro Bicho Preguiça estava sempre a vista até o segundo dia. Após a noite do segundo dia não o avistamos mais. Desde a madrugada do terceiro dia, tínhamos a sotavento o veleiro Entre-Polos.

Jazz 4 velejando na REFENO.

Vários veleiros velejando próximo no primeiro dia.

Vamos pescar?

Thiago no leme e Mosquito pescando.

Mosquito e João na pesca.

Trimarã Ave Rara passando pelo Jazz 4.

Segundo dia na REFENO.

Brian no leme do Jazz 4.

Dourado de aproximadamente 11 Kg pescado durante a velejada, sem parar o veleiro.

Tivemos sashimi e ensopado de peixe.

Baleias no caminho!

Veleiro Bicho Preguiça, velejando ao nosso lado.

Em um determinado momento, o Thiago disse: vocês viram a lancha a frente? Lancha a frente naquele local? Estava escondida atrás da genoa. Na outra arribada vimos que a lancha era o veleiro que estávamos acompanhando desde a madrugada com o mastro quebrado. Demos uma arribada para verificar a situação. Imediatamente informei a posição ao Rebocador de Alto Mar Triunfo, que estava visível no horizonte. Aproximando da embarcação pudemos notar que se tratava do veleiro Entre Pólos, de casco de aço, que já navegou até a Europa. Recolhemos a genoa e nos aproximamos. Avisamos que já havíamos informado a Marinha da posição. Perguntamos se queriam ajuda. Informaram que não seria necessário. Felizmente, fora o susto, estava tudo bem com a tripulação. Demos três voltas ao redor do veleiro, informamos novamente a posição atualizada à Marinha e continuamos a regata.

Veleiro Entre Pólos logo após a queda do mastro (fotos: José Renato Borges - Mosquito).

Veja no blog do Veleiro Entre Pólos (http://veleiroentrepolos.blogspot.com.br/) mais detalhes sobre a quebra do mastro.

Chegada

Já era tarde do terceiro dia (15/10) quando avistamos no horizonte Fernando de Noronha. Tínhamos ainda pouco mais de três horas até a linha de chegada.

Terra a vista: Fernando de Noronha.

Jazz 4 próximo a Fernando de Noronha.

Jazz 4 pouco antes de cruzar a linha de chegada.

Comemoração após cruzar a linha de chegada, após 51 horas e 49 minutos.

VÍDEO: Jazz 4 na REFENO.

Classificação

O tempo total do Jazz 4 na Refento foi de 51 horas e 49 minutos e nos deixou na quarta posição na categoria RGS E, dentre os oito veleiros de partiram. Na classificação geral da RGS ficamos em vigésimo dentre os trinta veleiros de largaram na classe.

Premiação

A premiação foi no Porto de Santo Antônio, em Fernando de Noronha, quarta feira, dois dias depois da chegada.

A fita azul ficou para o Sessentão, que fez o percurso em 29h50min14s, desbancando os catamarãs que tradicionalmente levam a fita. Como este ano os ventos não foram tão intensos, ficando em média 16 nós, não puderam aproveitar tanto o vento aparente gerado pela velejada de través.

Equipe do sessentão na premiação (foto do evento).

O veleiro VMAX-5 (Open 6.5) comandado pelo velejador solitário Kan Chuh faturou o primeiro lugar da classe aberta B.

Primeiro lugar da classe aberta B VMAX-5 comandado pelo velejador soliário Kan Chuh.

Nossos colegas do Cruzeiro da Costa Leste ganharam algumas premiações especiais. João Jorge Peralta, do veleiro Triunfo, como velejador mais velho (76 anos) e, também, de veleiro com maior percentual de mulheres (com 60%). O veleiro Naumi, de nosso colega Rui, do veleiro Naumi, um Velamar 32, ganhou o premio de tartaruga marinha, pois chegou na penúltima posição (conseguiu ganhar do último colocado!).