Primeiro dia
O tempo disponível era pouco, dos 6 dias disponíveis, somente 4 eram úteis, mas mesmo assim preferimos
aproveitar a estadia do Jazz 4 na Bahia para conhecer alguns pontos da
região próxima a Salvador. Não tínhamos ainda montado um roteiro, iríamos decidir na hora.
O Jazz 4 havia chegado em Aratu (BA) vindo de Natal (RN) dia 23 de dezembro,
trazido pelo Joca.
Nós (Volnys, Regina, Kenzo e Nicolas) chegamos dia 26 a noite no Aratu Iate Clube e começamos a
arrumação. A limpeza ficaria para o dia seguinte. Tomamos banho na Marina e
fomos dormir.
Segundo dia
Dia seguinte, às sete da manhã atracamos ao lado do veleiro
Papa Léguas no píer de serviço para a limpeza geral, finalização da arrumação e
abastecimento de água. Atracado ao píer de serviço estava também o Veleiro Aram
Iaê, do Miguel, que comentou que iria para Morro de São Paulo no dia seguinte,
onde já estava o Veleiro Tamuatoa. A criançada ficou empolgada para reencontrar
o Vitor, seu coleguinha de 4 anos. Mas Morro de São Paulo exigiria uma navegação
de aproximadamente 10 horas.
Decidimos que o destino do dia seria Itaparica. Saímos por
volta do meio dia. Atravessamos a Baia de Todos os Santos em uma boa velejada de través.
Vista do Aratu Iate Clube.
Nicolas auxiliando no leme durante a saída.
Kenzo e Regina no convés do Jazz 4 durante a navegação rumo à Itaparica.
Volnys durante a navegação rumo à Itaparica.
Nicolas amarrando a escota da genoa.
Kenzo e Nicolas na proa do Jazz 4.
Ao final da tarde já avistávamos a vila próxima à Marina de Itaparica. Já não havia vaga na marina, por isso ancoramos nas proximidades.
Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento vista de frente, pela Baia de Todos os Santos.
Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento vista de fundo, pelo canal de Itaparica.
Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento vista de fundo, pelo canal de Itaparica.
Igreja Matriz do Santíssiomo Sacramento vista de fundo, pelo canal de Itaparica.
Marina Itaparica.
Veleiros fundeados próximos à Marina de Itaparica.
Kenzo, Regina e Nicolas no Píer da Marina de Itaparica.
Tomamos banho na marina e demos uma volta pelas redondezas. A cidade pareceu bem limpa e arrumada, assim como as instalações da marina. Aproveitei para ir a um posto de gasolina, pois não tinha conseguido abastecer em Aratu o tanque de gasolina do motor de popa. Jantamos no barco e fomos dormir.
Para o dia seguinte tínhamos duas opções, conhecer a região de Itaparica ou a de Morro de São Paulo. Optamos por conhecer a região de Morro de São Paulo. Havia dois caminhos, contornando a Ilha de Itaparica ou indo pelo canal, seguindo os waypoints do livro sobre a Baía de Todos os Santos de Hélio Magalhães. O problema seria a saída da barra, devido a mudança dos bancos de areia. Além disso, o horário da maré alta não ajudava.
Terceiro dia
Acordei as cinco da manhã e, enquanto todos dormiam, levantei ferro e saí motorando, contornando a Ilha de Itaparica em direção
ao Arquipélago de Tinharé, cuja vila mais conhecida é Morro de São Paulo. O vento estava muito fraco. Levantei a mestra para minimizar o balanço.
Ainda motorando devido ao vento fraco, lá pelas 10 horas da manhã estava muito quente, por isso, sugeri aos meninos fazer a isca de tubarão (ficar agarrado a um cabo preso no barco). Diminuí a velocidade do Jazz 4, amarrei o cabo e todos para água, que estava uma delícia. Os meninos adoraram.
Isca de peixe durante a navegação do Jazz 4.
O dia estava muito bom, com sol e mar tranquilo. Nesta época do ano as frentes frias não entram e, por este motivo, as chuvas são esparsas e ocorrem principalmente à noite.
Bem de longe já era possível visualizar a parte mais alta do arquipélago de Tinharé, o Morro de São Paulo. O arquipélago é formado por diversas ilhas, sendo
as principais Tinharé, Boipeba e Cairu. Na Ilha de Cairu fica localizado o
município de Cairu, que engloba todas as ilhas. Somente na Ilha de Cairu existe
acesso de carro.
Aproveitei para marcar no GPS os waypoints da entrada da barra e de ancoragem, que tinha do roteiro do Cruzeiro da Costa Leste e, também, do livro do Hélio Magalhães de Ilhéus a Morro de São Paulo. Porém existia um problema: o ponto de fundeio sugerido em Gamboa em ambas as referências caia em terra. O problema era causado devido à não existência de levantamento hidrográfico naquela região. Ou seja, as profundidades não são mapeadas e os limites de terra são obtidos de outros mapas geográficos (ex: IBGE) que possuem precisão muito menor. Por isso é muito importante navegar sempre de dia e ter waypoints de referência.
Enquanto eu plotava no GPS os waypoints da entrada da barra, escuto no VHF o Miguel, do veleiro Aram Iaê, chamando pelo rádio. Ele passou ao nosso barlavento, indo pelo menos 1 nó mais de velocidade, indo também para Morro de São Paulo.
Por volta do meio dia estávamos próximos à entrada da barra. De lá era possível avistar as praias externas, praia 1 e praia 2, e o morro, com seu farol e sua fortaleza.
Vista da Praia 1 e Praia 2 de Morro de São Paulo.
Vista do farol e da fortaleza do Morro de São Paulo.
Vista da fortaleza de Morro de São Paulo.
Passamos pelo Pier de Morro de São Paulo, principal meio de acesso à
vila. É uma movimentação de embarcações e lanchas muito intensa. A ancoragem nas
proximidades, apesar de possível, pode não ser inconveniente devido às marolas das embarcações
e pelo barulho.
Píer de Morro de São Paulo.
Ancoramos após o Píer de Gamboa. É um local mais abrigado e calmo. Lá existe uma vila de moradores, com restaurantes e supermercado.
Praia antes do Píer de Gamboa.
Embarcações próximas ao Píer de Gamboa.
Píer de Gamboa.
Kenzo na proa do Jazz 4, auxiliando na aproximação da ancoragem.
Ancoragem realizada próxima ao veleiro Tamuatoa.
Em Gamboa encontramos ancorado o Veleiro Aram Iaê e o Veleiro
Tamuatoa, dentre outros veleiros. Percebi que Miguel estava no veleiro e me aproximei para
perguntar sobre a ancoragem e sobre o pessoal do Tamuatoa. Ele avisou que se
posicionou um pouco mais afastado, pois na primeira tentativa havia pegado
pedra e garrado. Quanto ao pessoal do Tamuatoa, estavam na praia 2 de Morro de
São Paulo.
Não tivemos problema na ancoragem. Arrumamos as coisas e
fomos conhecer as praias de Morro de São Paulo. Deixamos o bote na praia,
próximo ao Píer de Gamboa e pegamos uma embarcação do Píer de Gamboa ao
Píer de Morro de São Paulo.
Praia de Gamboa vista do Píer de Gamboa.
Píer de Gamboa.
Embarcação de transporte entre o Píer de Gamboa e o Píer de Morro de São Paulo.
O píer e a vila de Morro de São Paulo estavam bem movimentados. A parte mais central da vila é bem arrumadinha. Lá não passa carro, existe somente o fluxo de carrinhos de mão (carrinhos de pedreiro) conduzidos por locais que levam as bagagens dos turistas às pousadas. Parei em uma operadora de turismo e perguntei sobre as opções de passeio, incluindo o passeio de lancha em volta da ilha, que era recomendado pelo Cruzeiro da Costa Leste.
O acesso à praia 1 é feita por uma viela estreita, disputada entre pedestres e carrinhos.
O acesso à praia 1 é feita por uma viela estreita, disputada entre pedestres e carrinhos.
Subida que leva do Píer de Gamboa à Vila de Morro de São Paulo.
Viela em Morro de São Paulo.
Praia 2 vista de um mirante do Morro de São Paulo.
Volnys e Regina com a Praia 2 ao fundo.
Os meninos queriam encontrar o Vitor, então fomos à Praia 2.
Estava lotada e não os encontramos. Estava muito calor, por isso procuramos um
local mais próximo ao morro, pois havia sombra. Nicolas foi direto para a água!
Pedimos uma cerveja, um suco para os meninos e uma porção de agulhinha frita. É muito
parecido à nossa manjubinha, porém um pouco maior. Enquanto isso, Nicolas volta da água
e avisa que tinha visto o Vitor! Estavam muito próximos de nós.
Nicolas e Vitor na Praia 2.
Praia 2 já com sombra do morro.
Fechamos a conta e fomos até eles. Estava a família do
Fernando e alguns parentes. Fernando disse que veio de Itaparica pelo canal, parando
em Caixa Prego, seguindo os waypoints do Hélio Magalhães, mas na saída da barra
tiveram que desviar, pois havia ondas quebrando no local do rumo.
Fernando também nos sugeriu fazer o passeio de lancha em volta da
Ilha de Tinharé que dura o dia inteiro, que eles haviam feito no dia anterior.
Ficamos na praia batendo papo até o fim da tarde.
Quarto dia
O dia estava reservado para o passeio "volta da Ilha
Tinharé". Partimos do Píer de Morro de São Paulo as 9h30 em uma lancha, com parada na
Praia 3 para o embarque de mais pessoas. A lancha ficou lotada!
Praia 3 com a muvuca de lanchas de passeio.
Farol do Morro de São Paulo ao fundo visto da Praia 3.
A primeira parada foi nas piscinas naturais de Guarapuá, após meia hora de percurso. Já haviam muitas lanchas no local e outras chegavam.
Piscinas naturais de Guarapuá.
Piscinas naturais de Guarapuá.
Piscinas naturais de Guarapuá.
A segunda parada foi nas piscinas naturais de Morerê (Boipeba), também após meia hora de percurso de lancha. São igualmente belas. Aguas quentes e transparentes.
Piscinas naturais de Morerê.
Kenzo e Nicolas nas piscinas naturais de Morerê.
Volnys e Nicolas nas piscinas naturais de Morerê.
Depois paramos na Praia da Cueira (Ilha de Boipeba) para almoçar no restaurante do Guido para saborear uma lagosta frita com abacaxi. Infelizmente nosso prato chegou um pouco frio, creio que devido ao grande movimento do dia.
Kenzo, Nicolas e Regina na Praia da Cueira.
Burro de transporte na Praia da Cueira.
Volnys no Restaurante do Guido.
Volnys e Regina no Restaurante do Guido.
Guido preparando a lagosta.
Kenzo e Regina no Restaurante do Guido.
Praia da Cueira vista do Restaurante do Guido.
Nicolas no mar da Praia da Cueira.
Restaurante do Guido.
Volnys durante a caminhada até a Ponta da Barra.
Caminhada até a Ponta da Barra.
Vista durante a caminhada atá a Ponta da Barra.
Veleiro e lancha ancorados do lado de fora da Barra.
Na Ponta da Barra é onde ocorre o encontro da agua do canal com a agua do mar, que devido ao movimento das marés cria uma grande turbulência. Esse é o principal ponto que dificulta a entrada de veleiros, pois os bancos de areia costumam se mover decorrente da influência das marés e das condições do mar.
Encontro das aguas na Ponta da Barra.
Encontro das aguas na Ponta da Barra.
Restaurantes na Ponta da Barra.
Por volta das três e meia da tarde inciamos o retorno para Morro de São Paulo, agora por dentro do canal.
Passagem da lancha pelo Rio do Inferno.
Passagem da lancha pelo Rio do Inferno.
Flutuante da Cia das Ostras.
Volnys comendo ostras.
Criador de ostras.
Gaiola de cultivo de ostras adultas.
Nicolas na proa da lancha, no Rio Cairu.
Cidade de Cairu vista da lancha.
Igreja do Convento de Santo Antônio (Cairu, BA).
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rozário (Cairu, BA).
Kenzo e Volnys em Cairu, com o Rio Cairu ao fundo.
Vista do Rio Cairu.
Praça e píer da Cidade de Cairu.
Ambulancha, muito necessária naquela região.
Kenzo e Nicolas na lancha, na volta ao Morro de São Paulo.
Quando chegamos de lancha em Gamboa já era noite. Depois de todos tomarem banho no Jazz 4 e da troca do bujão de gás que havia acabado, levei os meninos ao Tamuatoa ver filme com o Vitor. Estavam reunidos com o pessoal do Aram Iaê fazendo churrasco. Ficamos batendo papo e comentando sobre o planejamento do dia seguinte. Eles iriam em direção ao sul, parando nas piscinas naturais e, eventualmente, entrariam na barra de Boipeba ou seguiriam até Camamu. Eu tinha a manhã livre, tendo que voltar antes do almoço para Aratu.
Quinto dia
O dia amanheceu muito bonito. Resolvi ir até o outro lado do canal com o Jazz 4 conhecer a Ponta do Curral. Ancorei o Jazz 4 próximo à margem. Havia uma correnteza vazante muito forte, decorrente da maré de lua cheia.
A Ponta do Curral é um local muito bonito. Fomos caminhar. Atravessamos a pequena porção de terra e fomos à praia de fora, enorme, bonita e deserta. Depois demos a volta passando pela ponta até chegar ao canal e ao Jazz 4. Encontrei poucos turistas. A maior parte das pessoas que encontrei eram moradores locais.
A Ponta do Curral é um local muito bonito. Fomos caminhar. Atravessamos a pequena porção de terra e fomos à praia de fora, enorme, bonita e deserta. Depois demos a volta passando pela ponta até chegar ao canal e ao Jazz 4. Encontrei poucos turistas. A maior parte das pessoas que encontrei eram moradores locais.
Ponta do Curral vista do veleiro.
Ponta do Curral, praia de fora.
Ponta do Curral, praia de fora com Morro de São Paulo ao fundo.
Ponta do Curral, praia de dentro, com Jazz 4 ao fundo.
Ponta do Curral, vista da praia de dentro com Morro de São Paulo ao Fundo.
Ponta do Curral, praia de dentro com Jazz 4 ancorado.
Nicolas e Kenzo na praia de dentro da Ponta do Curral com Jazz 4 ao fundo.
Praia de dentro da Ponta do Curral.
As onze da manhã partimos em direção à Aratu, motorando no canal. O tempo começou a mudar. Ainda no canal começou a ventar muito forte, justamente após levantarmos a mestra. Já em alto mar desligamos o motor.
Partida do Jazz 4 da Ponta do Curral.
Ponta do Curral vista do Jazz 4.
Meninos levantando a adriça da mestra do Jazz 4.
Chegamos na entrada da sinalização do canal do Porto de Aratu já noite. Neste momento começou a chover. Mesmo sabendo seu local pelo GPS, a visualização da sinalização das bóias de sinalização do canal a noite é difícil pois fica camuflada pelas luzes das instalações do porto. De repente, logo na entrada do canal, vimos um navio muito próximo vindo em direção contrária. Estranhei pois ele navegava muito rápido pelo canal. Gerou uma marola enorme que chacoalhou todo o barco. Felizmente a chuva parou, facilitando a navegação pela parte mais estreita do canal.
Chegamos ao Aratu por volta das 19h30. Como sempre, tivemos o apoio do Aratu Iate Clube para nos direcionar a uma poita à noite.
Sexto dia
Acordamos as sete da manhã para finalizar a arrumação e preparação do Jazz 4 para sua estadia por algumas semanas no Aratu. Nos despedimos do Aratu às 9h00 em direção ao aeroporto.
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