quarta-feira, 25 de julho de 2012

Jazz 4 no CCL 2012 - Abrolhos

Saída para Abrolhos

(14º dia do CCL, 20/07/2012, sexta)
(Por Volnys) Saímos às cinco horas da manhã em direção à Abrolhos. Os veleiros mais rápidos (maiores) iriam sair as 8h00. Ainda era noite. Regina acordou para me fazer um chocolate quente. Nicolas, ao ouvir ligar o motor, acordou para ajudar na saída, sempre muito prestativo. Estava frio, mas não chovia. Ainda na poita, subi a mestra no rizo 2 (a mestra tinha 3 rizos). Fomos no motor. Andamos agrupados por um bom tempo. Nicolas voltou para a cama. Havia algum vento e abri a genoa, porém tive que fechar em seguida. As 8h30 Regina me substituiu e fomos alternando durante o dia. O Tamuatoa, do grupo de veleiros mais rápidos, passou bem ao nosso lado para tirar fotos. A ondulação incomodava um pouco. Fiz um abastecimento de diesel pelos galões as três da tarde. À noite, o Sweet parecia uma árvore de natal de tantas luzes que possuía. Os turnos desta noite foram: eu das 9 da noite a meia noite e meia (após a chamada geral da meia noite), Regina até as duas e meia, eu novamente até as seis e meia, após a chamada geral das 6 da manhã. Havia a chamada geral do CCL, via VHF, a cada 6 horas, quando eram passadas as posições de cada embarcação.
(Por Kenzo) Mais uma vez  tive que passar um dia e meio sem fazer nada, só vendo o mar e pensando na vida. De novo um dia sem nuvens no céu e um belo sol.
De Vitória a Abrolhos - Kenzo no iPad e veleiros ao redor
De Vitória a Abrolhos - Tamuatoa se aproxima para tirar fotos.
De Vitória a Abrolhos - Tamuatoa se aproxima para tirar fotos.

Chegada em Abrolhos

(15º dia do CCL, 21/07/2012, sábado)
(Por Volnys) As primeiras baleias foram vistas pela manhã, já nas proximidades de Abrolhos. Fiz um novo abastecimento de diesel dos galões às 9h00. As 10h30 já era possível avistar as ilhas do arquipélago de abrolhos. O arquipélago é composto pelas ilhas: Santa Bárbara, a principal, Siriba, Redonda e Sueste. Chegamos as 12h30. Alguns veleiros já haviam chegado: Tamuatoa, Devaneio e Ati Ati.
De Vitória a Abrolhos - Baleia a vista!
De Vitória a Abrolhos - Baleia a vista!
De Vitória a Abrolhos - Pássaros indicam a proximidade a Abrolhos.
Chegando a Abrolhos - Nicolas empolgado.
Chegando a Abrolhos.
O local de ancoragem era delimitado pelo ICMBio. Escolhemos uma ancorarem de fundo de areia mais próxima à Ilha Santa Bárbara, abrigada do vento nordeste, predominante na região, pelo paredão. A ondulação existente incomodava um pouco.
Era meu dia de fazer o almoço. O prato foi salada de atum com o que achei a bordo: alface, repolho roxo, pimentão verde, pimentão amarelo, ervilhas, milho e batata palha, regada a azeite e sumo de limão, com uma pitada de pimenta do reino. Achei que faltou mais uma lata de atum, mas mesmo assim ficou ótimo: refrescante e saudável.


Kenzo, Nicolas e Vitor, próximo ao veleiro Tamuatoa.
Ao final da tarde fomos fazer um passeio guiado à torre do Rádio Farol de Abrolhos, que fez no ano passado 150 anos. Subimos a torre do farol, vimos o conjunto óptico, composto por Lentes de Fresnel, que flutua em uma camada de mercúrio. As janelas do farol ainda estavam cobertas para evitar que a luz do sol queime o conjunto. A vista era fantástica! Víamos os veleiros na enseada e as outras ilhas do arquipélago de Abrolhos. Aguardamos até o por do sol, quando o farol já operava.
(Por Kenzo) Chegamos a Abrolhos! O dia estava igual a ontem, fomos os terceiros a chegar, logo depois do Tamuatoa, Devaneio e Travessia. Assim que chegamos fomos recebidos por uma instrutora, que nos explicou a importância do Arquipélago de Abrolhos e as ilhas que compõe (Siriba, Santa Bárbara, Sueste e Redonda). Só estão abertas para visitação a Siriba e a Santa Bárbara, as áreas de mergulho, etc. De tarde visitamos o farol de Abrolhos, tivemos de subir ele inteiro porque não tinha elevador. A vista é muito bela, da para ver as fragatas planando parecendo pipas, os atobás e cabritos. O mais engraçado foi que o chinelo do meu irmão caiu e quase acertou uma pessoa.
Regina e Nicolas no caminho em direção ao Rádio Farol de Abrolhos.
Kenzo no caminho em direção ao Rádio Farol de Abrolhos.
Radio Farol de Abrolhos.
Escada que leva ao conjunto ótico do farol.
Conjunto ótico do Rádio Farol com Lentes de Fresnel.
Nicolas na torre do Rádio Farol de Abrolhos.
Volnys e Regina ao lado do rádio farol.
Eduardo Moura, Comodoro do CCL.
Visão de parte da Ilha de Santa Bárbara a partir do Rádio Farol de Abrolhos.
Vista dos veleiros do CCL a partir do Rádio Farol de Abrolhos.
Kenzo, Regina e Nicolas no Farol de Abrolhos.
Retorno da visita ao Rádio Farol de Abrolhos.
Vista ao entardecer dos veleiros do CCL ancorados em Abrolhos.

Ilha da Siriba e Ilha de Santa Bárbara

(16º dia do CCL, 22/07/2012, domingo)
(Por Volnys) Logo cedo fomos fazer a visita à Ilha Siriba. A visitação à ilha é controlada, pois é um berçário dos atobás. Os atobás são excelentes mergulhadores, chegando a atingir a profundidade de 8 metros e formam casais monogâmicos que se revezam na tarefa de chocar seus ovos. Depois da visita pela Ilha Siriba, aproveitamos para mergulhar nos arredores. O primeiro peixe que vi foi um frade. Em dez minutos de mergulho entre a Siriba e a Redonda vi dois frades, uma tartaruga e uma raia, esta última, abaixo do bote, que estava preso à uma poita.
Hoje é dia de visitação à Ilha Siriba!
Visão da Ilha Santa Bárbara (principal) da Ilha Siriba.
Ida a Ilha Siriba é feita com botes.
Desembarque na Ilha Siriba, reduto dos atobás.
Atobá filhote na Ilha Siriba, perdendo a sua plumagem.
Atobá filhote na Ilha Siriba.
Casal de atobás na Ilha Siriba.
Casal de atobás.
O voo do atobá.
O voo do atobá.
Um casal de atobás.
Um casal de atobás.
Filhote de outra espécie de ave escondido abaixo das pedras, a ilha não é exclusiva dos atobás.
No meio do caminho havia um atobá ...
Ei você! Sai daí!
Você não vai sair não?
(Por Volnys) Na volta, preparamos uma salada para acompanhar o churrasco. Percebi que nosso gelo acabou, restando somente água gelada. Não temos geladeira elétrica e a refrigeração é feita na geladeira de gelo. Abastecemos com dois sacos de gelo antes da saída de Vitória. Duraram três dias, o esperado. O churrasco foi realizado na Ilha Santa Bárbara, onde está localizada uma pequena vila e a base da marinha que opera o Rádio Farol de Abrolhos e a base da ICM-Bio, que mantém o Parque Nacional Marinho de Abrolhos.
(Por Kenzo) Mais uma vez vai ter churrasco! O problema foi que a maré estava muito baixa e tivemos que ir empurrando o bote até a praia por um trecho e, para piorar, o caminho era de pedras e corais, então escorregávamos toda hora. Pelo menos chegamos na hora em que estava saindo a costelinha de porco.
(Por Volnys) Durante o churrasco foi entregue a doação de equipamentos e materiais de apoio às bases. Tiramos fotos com Janjão, do veleiro Sweet, tradicional integrante destes cruzeiros, com o Vítor, de 4 anos, do Veleiro Tamuatoa, do Janjão coma Berna, da ICM-Bio, que está a mais de vinte anos em Abrolhos, e também dos integrantes de outras tripulações, como o MM2000. Em seguida teve a reunião de comandantes.
Visão da Ilha Santa Bárbara a partir do Jazz 4.
O pessoal já está chegando para o churrasco na Ilha Santa Bárbara.
Local de desembarque na Ilha Santa Bárbara, já com a maré um pouco mais cheia.
Local de desembarque na Ilha Santa Bárbara, já com a maré um pouco mais cheia.
E o churrasco saiu! Icaro (MM200), Rui (Naumi) e Cesar (Sweet).
Doação de equipamentos ao ICM-Bio e Rádio Farol de Abrólhos.
 Cris (MM2000) e Berna (ICM-Bio).
 Janjão (Sweet), Vitor (Tamuatoa) e nós.
 Vitor (Tamuatoa) e nós.
 ´Tripulação do Jazz 4 na Ilha Santa Bárbara.
 Tripulação do Veleiro MM2000.
 Tripulação do Veleiro Skua II.
(Por Volnys) Ao final da tarde, depois do churrasco e da reunião dos comandantes, fomos fazer uma visita, também guiada, ao ponto fixo, o ponto mais alto do arquipélago. São dois quilômetros de caminhada na Ilha Santa Bárbara até o local. Maravilhoso! Tanto a vista, sendo possível uma visão 360° de todo o arquipélago, quanto pela fauna, com a natureza mostrando todo seu esplendor: o retorno dos atobás com o peixe para seus filhotes, que enfiam sua cabeça goela abaixo dos pais para comer o peixe, as fragatas, que por não conseguirem mergulhar fundo para pescar o peixe, atacam e roubam o peixe dos atobás no momento da alimentação dos filhotes, e a coragem com que os atobás protegem os seus filhotes. Por último, fomos brindados com um espetacular por do sol, junto aos atobás, fragatas e seus grunhidos.
 Início da caminhada ao Ponto Fixo na Ilha Santa Bárbara, o ponto mais alto do arquipélago.
Veleiro Jazz 4 em Abrolhos.
Regina e Nicolas em Abrolhos.
Volnys e Kenzo em Abrolhos.
O voo do atobá em Abrolhos.
Atobás na Ilha de Santa Bárbara.
Kenzo, Nicolas e Regina em meio aos atobás na Ilha Santa Bárbara.
As aves de Abrolhos.
Kenzo na Ilha Santa Bárbara, ao fundo os atobás.
Volnys e Regina na Ilha Santa Bárbara.
Os atobás da Ilha Santa Bárbara.
Casal de atobás com seu filhote.
O filhote do atobá enfia seu bico goela a dentro dos pais para pegar o peixe.
Atobá e seu filhote.
Atobá e seu filhote.
Fragata a espreita por oportunidade de roubar um peixe dos atobás.
Fragata a espreita por oportunidade de roubar um peixe dos atobás.
Fragata a espreita por oportunidade de roubar um peixe dos atobás.
Fragata a espreita por oportunidade de roubar um peixe dos atobás.
Fragata a espreita por oportunidade de roubar um peixe dos atobás.
Ataque das fragatas aos atobás, no momento da alimentação do filhote.
A Ilha Redonda, ao longe, no por do sol.
As fragatas a espreita de oportunidade ao por do sol.
Regina, Kenzo e Nicolas no por do sol na Ilha Santa Bárbara.
O belíssimo por do sol da Ilha Santa Bárbara.
O belíssimo por do sol da Ilha Santa Bárbara.
O belíssimo por do sol da Ilha Santa Bárbara.
Vista a partir da Ilha Santa Bárbara dos veleiros e do farol aceso.
Vista do Rádio Farol de Abrolhos ao cair do tarde.

Batismo em abrolhos

(17º dia do CCL, 23/07/2012, segunda)
(Por Volnys) Novamente o dia amanheceu maravilhoso: sol, vento moderado, temperatura agradável e baixa ondulação. Os meninos caíram na água logo cedo, nadando ao redor dos veleiros, principalmente do Veleiro Tamuatoa 3, um Jenneau 37, com o Vitor, um amiguinho de 4 anos.
Aguardávamos a chegada da operadora para o mergulho de batismo. O mergulho de batismo é o primeiro mergulho em mar aberto de um mergulhador. A operadora chegou por volta das onze da manhã. Fomos eu e o Kenzo. Maravilhoso! Mergulhamos até 8 m de profundidade, pena que durou apenas 30 minutos.
Depois do almoço fomos mergulhar nas pedras próximo ao veleiro. Vimos diversos peixes, incluindo frades, lulas e uma tartaruga, que estava se alimentando. Abrolhos, por ser proibida a pesca, possui muitos peixes. Aproveitei e testei a filmadora GoPro em baixo d'água.
Logo de manhã, Nicolas esta ancioso para cair na agua.
Nicolas no mar, próximo ao veleiro Tamuatoa. 
Kenzo, Nicolas e Vitor brincando no mar de Abrolhos.

Video - A turma da agua em Abrolhos!
Batismo em Abrolhos de Volnys e Kenzo.
Volnys e Kenzo mergulhando em Abrolhos.
Kenzo no mergulho em Abrolhos.
Volnys no mergulho em Abrolhos.
Um mero.
Um frade entre as pedras.
Cardume de peixes em Abrolhos.
Um frade.
Cardume de frades.
Cardume de peixes em Abrolhos.
Vídeo - Mergulho em Abrolhos.
Ao final da tarde tomamos nosso tradicional banho: molhávamos o corpo com água doce, passávamos o sabonete, caíamos na água do mar para tirar o sabão, voltávamos para o barco, jogávamos água no cabelo para tirar o sal e molhávamos uma toalhinha com água doce e passávamos no corpo para tirar o sal.
À noite vimos luzes embaixo d'água, próximo às pedras, eram mergulhadores de uma operadora de mergulho que realizavam mergulho noturno. Combinamos de sair para Santo André, distante 110 Milhas, no próximo dia, as sete horas da manhã, para que a chegada ocorresse antes da maré cheia, as oito horas da manhã do dia seguinte. Antes de dormir, fomos organizar mossa saída (colocar motor de popa e bote para cima, colocar tanque da gasolina do motor de popa no paiol, verificar nível de combustível, verificar o motor, retirar a lona, estudar as cartas náuticas, configurar os waypoints, etc). Haviam muitos agulhões circundando o Jazz 4. Quando o Nicolas foi recolher os chinelos que estavam no bote, um dos agulhões pulou sobre o bote, caindo na água do outro lado. Nicolas ficou assustado e não quis mais voltar ao bote.
Hora do banho. É importante economizar água!



Saída para Santo André

(18º dia do CCL, 24/07/2012, terça)
(Por Volnys) As sete da manhã já estávamos de saída. Comuniquei ao Rádio Farol de Abrolhos a nossa saída e destino, agradecendo por toda hospitalidade. As condições eram boas, ondulação relativamente baixa, vento leste de 10 nós entrando com aparente de través, que possibilitou uma singradura com média de 5 nós a vela, sem motor. Fomos com a mestra rizada e genoa aberta. Vimos muitas, muitas baleias nas horas seguintes à saída. Uma delas passou a 30 metros a bombordo. O pessoal do veleiro Sweet tomou uma chuveirada com o esguicho de água de uma baleia que passou a 2 metros do veleiro. Também vimos um cardume de golfinhos.
Quando fomos fazer o almoço o gás acabou. Tivemos que improvisar.
Outros quatro veleiros são avistados ao redor. E sol, muito sol! A tarde o vento diminuiu e tirei o rizo. Depois fui obrigado a ligar o motor em baixa rotação, pois a velocidade caiu para 3 nós. Fomos a noite toda de vela e motor. Soubemos pelo rádio que o veleiro Timshel teve um contato na quilha com uma baleia.
Saída de Abrolhos com baleias no caminho ...
Baleias ...
Mas muitas baleias ...
Baleias por todos os lados.
Veleiro Sweet sempre próximo.
Muito sol durante a viagem.
Kenzo e Nicolas descansando durante a velejada do Jazz 4. Ou estariam entediados?
Bearship, Sweet e Naomi velejando sempre muito próximos.
Baleias ...
E mais baleias ...

Vídeo - Velejando de Abrolhos a Santo André. 

Um comentário:

  1. Volnys,

    Parabéns pelo CCL 2012 e pela linda família velejadora!!!

    Embarquei no veleiro Travessia no Rio e fui até Ilhéus, que viagem fantástica! Estamos torcendo aqui no Rio por vocês!

    Abraços,

    Matheus Eichler
    Veleiro Passimim
    passimim.blogspot.com

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