terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

De Barbados a Guaraqueçaba

29/12/2013. Saímos de Barbados depois do almoço em direção à Guaraqueçaba. Continuava fazendo muito calor. Na saída cruzamos com um pescador de Barbados e seu filho pescando nas proximidades.





Logo chegamos ao canal que liga a Baía dos Pinheiros à Baía das Laranjeiras, contornando a Ilha das Peças. Passamos por Tibicanga, um vilarejo de pescadores onde predominam as casas de madeira e as canoas tradicionais.
 Vilarejo do Tibicanga.
  Vilarejo do Tibicanga.

Os meninos aproveitaram o calor para brincar na água durante a navegação. De vez em quando caiam e precisavamos parar para "resgata-los".







Vídeo dos meninos se divertindo na água durante a navegação.

A parte final deste canal, apesar de parecer largo, é muito raso e precisa ser navegado com cuidado. Durante a navegação o motor esquentou e verifiquei que a mangueira pequena de retorno do ciclo de arrefecimento estava rasgada e não foi possível utiliza-la. Coloquei então em ação o plano B: a utilização do motor de popa de 8 HP do bote que havia sido comprado já prevendo esta utilização. Funcionou perfeitamente, navegávamos a 4 nós. 
No meio da tarde avistamos ao longe a pacata cidade de Guaraqueçaba.

Vista ao fundo da Cidade de Guaraqueçaba.
Veleiro Jazz 4 em Guaraqueçaba.
Por do sol em Guaraqueçaba.

TRACK DA NAVEGAÇÃO: De Barbados a Guaraqueçaba. 
(* Não utilizar para navegação.Use somente para visualização do percurso. ** O sistema GPS possui erros de dezenas de metros)

No dia seguinte, logo cedo fui com Jânio comprar a mangueia do motor em alguma oficina mecânica . Passando pela cidade Jânio encontrou o Alemão passando com sua caminhonete. Ele comentou que estava contente com sua nova empreitada: plantação de palmito, muito cultivado na região. Indicou a oficina do Alemão (outro Alemão) e nos deu carona até lá. Ainda bem, pois não era nada perto. Felizmente encontramos uma mangueira com o mesmo diâmetro. Agradeço aos Alemão(s) pela gentiliza, característica da região.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Vilarejo de Barbados (Ilha do Superaguí)

O sol continuou a brilhar no dia seguinte. Já era hora do café da manhã, servido no Restaurante Natura, do Antônio Lopes. Combinamos de visitar, com uma canoa de pescador, alguns locais na região. É uma canoa a motor, com sua base feita de uma única tora e borda com tábuas curvadas, leme controlado por cabos, muito utilizada para pesca e transporte. Uma tradição da região.
O Jânio também conseguiu uma canoa emprestada e ficou pescando nas redondezas.
Café da manhã bem servido.
Vilarejo de Barbados.
Casinha da pousada.
Pier de Barbados.
Navegando rumo ao Vilarejo do Sebuí, na canoa típica da região.

(* Não utilizar para navegação.Use somente para visualização do percurso. ** O sistema GPS possui erros de dezenas de metros)

A primeira parada, depois de pouco mais de meia hora, foi no Vilarejo do Sebuí, uma pequena comunidade de pescadores, onde ainda são vistas casas de madeira. Fez-me lembrar dos antigos chalés de madeira de São Vicente e Santos, que quase não existem mais. O piso dos chalés eram elevados, para isolar da umidade da terra, formando um pequeno porão.
O vilarejo possui pouco mais que uma dúzia de casas e um grande pier de atracação. Por uma trilha curta, chega-se a pequena uma cachoeira. 


Pier do Vilarejo do Sebuí.
Casas do Vilarejo do Sebuí.
Cachoeira do Vilarejo do Sebuí.

TRACK DA TRILHA: Cachoeira do Vilarejo do Sebuí.

Existe uma outra cachoeira maior localizada na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sebuí. A reserva possui um jungle eco lodge (pousada ecológica de mata) com instalações rústicas, mas com conforto básico. Porém, não era possível ir, pois seu acesso exigia embarcação de calado ainda menor e acesso com maré cheia.

No caminho da volta passamos pea Cachoeira Aguada, menor que a anterior, escondida na mata, de acesso muito mais complicado, pois sua trilha exigia a caminhada em parte de mangue.

De volta, a caminho de Barbados.
Local de acesso à Cachoeira Aguada.
De volta a caminho de Barbados: água, mata e mais nada.

TRACK DE NAVEGAÇÃO - EM CANOA: De Sebuí a Cachoeira Aguada.
(* Não utilizar para navegação.Use somente para visualização do percurso. ** O sistema GPS possui erros de dezenas de metros)

De volta a Barbados, já era hora do almoço. Almoçamos no restaurante Natura. Era época de Caranguejo e defeso do camarão. Na mesa suco, salada, peixe, pirão, ostra, camarão sem casca, caranguejo, arroz, feijão e batata frita. 

Canoas do Vilarejo de Barbados.
Almoço bem servido.

Antonio Lopez mantém um pequeno galpão museu com as ferramentas que eram utilizadas no processamento da mandioca antes do estabelecimento do parque, época que ainda se podia utilizar a terra para o cultivo de mandioca, arroz, milho e outras culturas. Jânio lembrou da sua infância, quando dividia com os muito irmãos a árdua tarefa do processamento da mandioca utilizando estas ferramentas: tacha de torração, prensa de madeira e caititu (utilizado para ralar a mandioca). 
Tacha de torração.
Jânio junto à prensa de madeira.
Caititu, utilizado para ralar a mandioca.

Sem dúvida, a restrição de cultivo agrícola causou impactos negativos na comunidade, inclusive em suas tradições. Em contrapartida, no final de 2013, Barbados e outras comunidades da região receberam várias unidades de estações de energia fotovoltaica  (painéis fotovoltaicos, reguladores de carga e bancos de baterias).
Estações de energia fotovoltaica recém instaladas no Vilarejo de Barbados.

Mas já era hora de partir, tínhamos como próximo destino a cidade de Guaraqueçaba, distante cerca de 4 horas de navegação.